top of page
Buscar

Égua resgatada em prédio na Campina é encaminhada para haras de Novo Hamburgo

Uma égua resgatada pelo Corpo de Bombeiros de dentro de um apartamento no bairro Campina, em São Leopoldo, foi encaminhada a um haras, em Novo Hamburgo. O animal, que atende pelo nome de Sarita, passou 10 dias isolado no terceiro andar de um prédio e pertence a um morador de uma comunidade que fica em frente ao condomínio.


Agora, Sarita está em tratamento em um haras no bairro Lomba Grande. Ela foi retirada do apartamento após uma operação de mais de sete horas envolvendo os bombeiros e membros da Força Nacional do SUS na noite desta terça-feira (14).


"Tivemos que mobilizar uma estrutura para imobilizar o animal e aplicar um sedativo controlado, porque ela estava fraca. Depois, utilizamos uma espécie de tirolesa para içar o corpo dela, com muito cuidado, e colocamos em um bote, apoiado com outros dois para aguentar o peso e dar estabilidade", explicou o comandante do Companhia de Bombeiros Militares do 2º Batalhão de Bombeiros Militar de São Leopoldo, Tiarles Gularte.


Além da equipe de salvamento, a ação contou com o apoio de veterinários para avaliar as condições de saúde da égua e também de enfermeiros da Força Nacional dos SUS para eventuais acidentes com a equipe.


"Essa presença foi importante, porque os veterinários mediram a quantia de tranquilizante que poderíamos aplicar nela, pelo fato de estar debilitada. Mesmo assim, ainda estava agitada e havia o risco de sofrermos coices, por isso levamos enfermeiros. Foi um trabalho de todos, com equipes de vários Estados", relatou Gularte.


Sarita foi deixada no prédio junto de um terneiro, chamado Fred, depois que a água do Rio do Sinos invadiu o bairro Campina. Ambos pertencem a Dirceu Matias, morador de uma comunidade próxima. Ele afirmou que pediu ao síndico, Fábio Fernandes, para colocá-la no interior do condomínio. No entanto, como a água seguiu subindo, Fernandes enviou os animais para os andares de cima até chegar no terceiro.


"A água começou a subir demais, então conforme os moradores iam subindo para o segundo, para o terceiro andar, os bichos iam junto. Até que no terceiro dia, a gente evacuou todo os moradores, que saíram muito depressa. Os barcos iam encostando nas janelas e a gente removia as pessoas. Nisso, os bichos acabaram ficando. Depois, até consegui tirar o terneiro, porque era menor, mas a égua era muito grande", lembrou o síndico, que seguiu alimentando o animal dentro de um apartamento que havia sido deixado por moradores.


Acolhido em um abrigo no bairro Scharlau ao lado da família, Dirceu diz ter perdido tudo na enchente. Mesmo assim, reforça a relação de carinho que tem com os seus animais, tratados como bichos de estimação. "São nossos bichos de estimação. Perdemos tudo, a água arrastou nossa casa. Ficamos preocupados com os bichinhos. Antes, eu usava a égua para carroça, até que paramos com essa atividade. Por isso, decidi vender ela. Só que uma vez, quando minha esposa foi dar comida, a égua deitou a cabeça dela no ombro da minha mulher e corria água dos seus olhos, como se chorasse. Então, ela ficou com a gente", contou o morador.


Enquanto Sarita passa por avaliação veterinária, Fred está em um lar temporário na propriedade do síndico, Fábio, no interior do município de Portão. Ainda não há previsão de que Sarita seja devolvida à família, até porque, antes de tudo, Dirceu terá que reerguer o próprio lar. "Eu já tinha sofrido com a cheia outras vezes, mas essa foi a pior de todas. Não sobrou nada. Temos só a roupa do corpo", lamentou.


Fonte: GZH

0 comentário

Σχόλια


banner-werle.png
Caixinha de perguntas Start.png
bottom of page