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47ª Expointer começa neste sábado com foco na retomada e na superação no campo

Foto do escritor: Guilbert TrendtGuilbert Trendt
Imagem: Daniela Barcellos/ Governo do RS.

A Expointer de 2023 reuniu 822 mil visitantes e comercializou quase R$ 8 bilhões, números recordes entre todas as edições da feira, o que elevou a régua para a edição seguinte. Mas as águas da enchente de maio castigaram grande parte do Estado, incluindo o parque Assis Brasil, em Esteio, cuja área de 141 hectares foi quase toda submersa, com danos estruturais em alguns pavilhões.


Mesmo assim, as entidades promotoras optaram por manter a data do evento, que começa neste sábado (24), segue até 1º de setembro e traz como slogan "superar é da nossa natureza". Para o secretário de Agricultura do Estado, Clair Kuhn, a 47ª Expointer será um marco da retomada econômica.


"Será a feira da reconstrução, da superação e da solidariedade. O resultado econômico é importante, mas ela tem, neste ano, um aspecto ainda maior, como marca da força do Rio Grande do Sul e da pujança do agronegócio gaúcho. Nosso grande objetivo é colocar o Estado de pé e voltar a mover a roda da economia diante de tantas dificuldades que já foram e vêm sendo enfrentadas", projeta. 


Por conta disso, neste ano, a organização do evento não faz nenhuma projeção de vendas. Não é a primeira vez que a feira enfrenta dificuldades. Em 2020, no auge da pandemia de Covid-19, a Expointer ocorreu em formato remoto. "A agricultura familiar não parou nem na pandemia e, agora, não vai ser diferente. Temos certeza de que, mesmo neste ano em que vivemos toda essa catástrofe, vamos fazer bonito novamente", afirma o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva.


Os criadores de animais também tiveram problemas ocasionados pelas chuvas. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), organizadora do Freio de Ouro, cuja etapa final é realizada durante a feira, agora integra a lista de entidades promotoras do evento. 


"Temos criadores com perdas significativas, não só de número de animais mas, também, de propriedades. A feira é um marco de reconstrução de cada setor que lá está representado", avalia o presidente da entidade, César Augusto Rabassa Hax.


A Federação Brasileira das Associações dos Criadores de Animais de Raça (Febrac) também acredita que a feira deste ano será um momento para os criadores mostrarem seu trabalho, apresentando os melhores animais, mesmo em um cenário impactado também pela estiagem de outros anos, o que trouxe dificuldades na produção de alimentos.


"A Expointer é o desfile do que há de melhor em genética e, nesta edição, não será diferente. O campo e a lavoura se encontram nesta Expointer, e esse encontro é fundamental. A coisa mais importante que podemos fazer é a interação e a troca de experiência entre produtores, criadores e com as áreas técnicas específicas", afirma o presidente da Febrac, Marcos Tang.


O presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, destaca o trabalho das cooperativas no apoio à população gaúcha no período da enchente e aposta na cooperação dos Estados, dos municípios, da União e, principalmente, da sociedade, para a retomada do Rio Grande do Sul. "Vai ser uma feira da resiliência. Evidentemente que temos que avaliar todo esse impacto que a enchente trouxe, mas também entendo que só se resolve isso com muito trabalho, organização e com muita cooperação. Não vai ser uma feira ideal, mas vai ser uma feira possível", ressalta Hartmann.


A situação de algumas propriedades no Estado gerou uma demanda de medidas mais robustas por parte do governo federal, especialmente após a publicação da medida provisória (MP) 1.247/2024, que autorizou a concessão de descontos nas parcelas de crédito rural aos produtores.


O conteúdo do documento gerou protestos por parte da classe e de entidades. Essa insatisfação deve ser refletida nos resultados dos negócios da Expointer, conforme afirma o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira. "O Rio Grande do Sul é agronegócio. Estamos observando com muita preocupação a comercialização de máquinas agrícolas e, também, da pecuária. Temos um produtor rural debilitado. Nós estamos fazendo uma feira para demonstrar a resiliência do povo gaúcho, mas muito reticentes quanto ao aspecto e ao resultado comercial" finaliza Pereira.


O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, acredita em um bom número de negócios nesta edição, mesmo com produtores afetados pela baixa do preço dos grãos e os juros altos.


"É uma grande vitória fazermos essa feira, que foi atingida ao extremo pela inundação. Reconstruímos tudo e estamos melhorando para receber as indústrias e o público", informa Bier.


Fonte: GZH

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