A Agência Sicredi Scharlau dá lugar, a partir da próxima semana, ao novo Espaço Sicredi Scharlau. A reinauguração ocorre na segunda-feira (25) e a comunidade poderá usufruir da infraestrutura a partir da terça (26). A área disponível para uso de todos foi ampliada, dando lugar a salas de uso comum e auditório.
A expansão busca atender uma demanda local e oferecer oportunidades de desenvolvimento de negócios.
O auditório terá espaço para 40 pessoas, com cozinha integrativa. As duas salas de reunião, por sua vez, se dividem entre o térreo e o piso superior, com equipamento de projeção e capacidade para 10 pessoas cada.
São Leopoldo foi um dos municípios mais atingidos pelas cheias de maio no Rio Grande do Sul, especialmente na área da Scharlau. “A comunidade retomou suas atividades depois de muitos desafios. Havia uma carência por espaços físicos para atender um cliente, um fornecedor ou ter um ponto de coworking. Por isso, providenciamos esta entrega, que é um verdadeiro presente para todos. Otimizamos espaços, trocamos salas de arquivos e áreas não utilizadas a fim de auxiliar os moradores nessa recuperação plena”, explica Natiele Mezacasa Rambo, gerente do espaço há mais de dois anos.
O Espaço Sicredi Scharlau fica na avenida Thomaz Edison, 2.465.
Memórias Sedimentadas
Na semana da reinauguração, das 9h às 16h, ficará aberta à visitação a exposição Memórias Sedimentadas, do artista Fernando Cardoso (Feu Cardoso), de 29 anos. São 22 quadros feitos com objetos recolhidos pelo artista após a enchente de maio, em sua maioria pedaços de madeira. Estão retratadas pessoas de São Leopoldo que foram atingidas pela inundação. A lama da enchente foi utilizada como tinta.
Conforme o artista, o processo de criação envolveu a coleta dos materiais nos montes que se acumularam pela cidade após o ocorrido. Depois, contatou pessoas que vivenciaram a enchente e conversou com elas, fazendo registros fotográficos. A expressão captada nas imagens é de quando o artista pedia que lembrassem do que ocorreu. Os rostos ficaram eternizados nos quadros.
“A intenção é trazer visibilidade para as pessoas além dos números. Muito foi contabilizado, como números de mortos, de atingidos, áreas. Mas quem são essas pessoas, quais seus sentimentos, pelo que passaram? Eu quis resgatar o que sobrou através da arte, tanto
de material físico quanto o que sobrou dessas pessoas”, explica o artista. Para ele, expor na Scharlau é muito significativo, por ter sido uma das áreas mais atingidas.
Fonte: Sicredi Pioneira
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