A facção criminosa do Vale do Sinos, que atua no tráfico de drogas, mantinha um agiota para emprestar dinheiro oriundo do tráfico de drogas e ganhar assim com os juros cobrados. O suspeito foi alvo de uma ação iniciada na última sexta-feira (14) e encerrada na manhã desta terça-feira (18), quando a equipe do delegado Guilherme Dill apreendeu R$ 71 mil em dinheiro e diversas notas promissórias dentro de um cofre, além de 48 munições, no bairro Imigrante Sul, em Campo Bom.
Uma mulher foi presa pelos agentes. “O alvo principal não se encontrava na residência e se suspeita que a arma de fogo estivesse consigo”, observou o delegado Guilherme Dill. “Trata-se de ação cirúrgica no combate à criminalidade”, enfatizou.
Segundo ele, as notas promissórias recolhidas eram um modo de garantir a comprovação e cobrança posterior. “O dinheiro, que era lucro dos juros do empréstimo, servia para abastecer o grupo criminoso na compra de drogas, armas, veículos e imóveis. A utilização de ameaças e armas de fogo era rotineira na cobrança dos empréstimos”, detalhou.
“O material será analisado minuciosamente em conjunto com a Delegacia de Lavagem de Dinheiro do Denarc para prosseguimento das investigações”, emendou. Ele adiantou que diligências permanecem sendo efetuadas para localizar o agiota. “Sua prisão preventiva poderá ser requerida ao Judiciário”, adiantou.
“A utilização de dinheiro decorrente do tráfico de drogas para efetuar empréstimos e funcionar como agiotas dentro da sociedade está cada vez mais comum nos grupos criminosos. Trata-se de mais uma forma de lavagem de capitais, bem como utilização do dinheiro ilícito como proveito do crime”, concluiu Dill.
Fonte: Correio do Povo
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