Motoristas que trafegam pela BR-116, entre Sapucaia do Sul e São Leopoldo, seguem enfrentando lentidão a qualquer hora do dia em razão de máquinas e operários espalhados pelos canteiros centrais da rodovia em ambos os sentidos. O tráfego truncado não mais se inicia na ponte do Rio dos Sinos, em São Leopoldo, onde avançam as obras de duplicação das pistas. O congestionamento agora se dá logo após o Parque Zoológico, em Sapucaia, e testa a paciência de motoristas que precisam sair de casa muito antes do horário previsto.
Maria Eunice Vieira, de 53 anos, que mora em Esteio e trabalha em Novo Hamburgo, se organiza todos os dias para sair uma hora antes do habitual por conta dos serviços que estão sendo realizados. “É um absurdo. Chego a ficar mais de 45 minutos parada em um mesmo local. Só piora. Estas obras parecem que não têm fim”, diz a empresária, indignada.
Paulo Roberto Pires, que tem um comércio às margens da rodovia, em Sapucaia do Sul, fica por horas assistindo o congestionamento. “Eu realmente acredito que as intervenções são necessárias, pois há muito fluxo de carros por aqui, cada vez mais. As obras vão melhorar sim a mobilidade na Região Metropolitana em direção à Serra Gaúcha, mas até lá causam muitos transtornos”, reconhece Pires.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informa que ao longo da BR-116, entre Sapucaia do Sul e São Leopoldo, está em andamento a execução da ampliação de duas para três faixas de tráfego, em ambos os sentidos da rodovia. O trecho tem aproximadamente 5 km de extensão e um investimento de R$ 30 milhões. A obra integra o Lote 1 das melhorias operacionais e de segurança viária da rodovia, entre Porto Alegre e Novo Hamburgo.
No segmento de 38,5 km serão implantadas mais de 10 intervenções viárias significativas, visando a ampliação de capacidade da rodovia. Entre elas estão o complexo viário do bairro Scharlau, em São Leopoldo, e as quatro pontes sobre a várzea e o canal principal do Rio dos Sinos. As obras estão sendo executadas pelo Consórcio BR 116/Norte composto pelas empresas MAC Engenharia, Sogel, EPC e Iguatemi.
Fonte: Correio do Povo
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