Um casal foi preso no fim da tarde da última sexta-feira (29), em Porto Alegre, por suspeita maus tratos e tentativa de homicídio contra um bebê de um ano e 10 meses. A menina segue internada em estado grave. Os presos são mãe e pai da vítima. O nome deles não foi divulgado.
A prisão ocorreu por volta das 17h30, nas dependências do Grupo Hospitalar Conceição, na Capital. O quadro da bebê é grave, segundo o delegado plantonista da equipe de Homicídios e Proteção a Pessoa, Pablo Soares.
"Ela está internada, praticamente em coma. O quadro está evoluindo para um morte encefálica. A equipe médica que atende a bebê afirma que é uma situação irreversível. Apresenta diversas lesões pelo corpo. Há machucados nas orelhas, no nariz, no lábio superior, fissura no ânus, que indica possível estupro. Outros exames foram feitos hoje e constataram também fratura no antebraço e bolsões de hemorragia na retina, atrás do olho", afirma o delgado.
Segundo Soares, a menina deu entrada no Pronto Atendimento Lomba do Pinheiro na última quarta-feira (27), em um quadro de convulsão, e foi transferida para o Hospital Nossa Senhora da Conceição na quinta-feira (28). Na sexta, equipes realizaram exames complementares que constataram lesões até então desconhecidas. Em razão dos resultados, a equipe acionou a polícia. Um dos exames indicou ainda lesão e hemorragia na região do cérebro.
Menina estava sozinha no hospital
Além das lesões, outras circunstâncias chamaram atenção da polícia, como o fato de que a bebê estava internada no hospital sem acompanhantes nessa sexta. A mãe e o companheiro não estavam na unidade. A polícia afirma ainda que um assistente social informou que a mãe da bebê teria perdido a guarda de irmãos dela, que estão em abrigos. A própria vítima já teria passada por unidades de acolhimento anteriormente.
"Começamos uma investigação preliminar no local e constatamos circunstâncias que chamam atenção. Há indícios de um homicídio doloso, neste momento de modo tentado, o que levou a prisão em flagrante do casal. Um caso horrível, contra um inocente que não tem condições sequer de reclamar, muito menos se defender", fala Soares.
O caso seguirá sendo investigado pela Polícia Civil, que deve ouvir a equipe médica que primeiro atendeu a menina, na Lomba do Pinheiro, assim como demais testemunhas.
Fonte: GZH
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