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Censo 2022: Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos

Novos dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trazem, pela primeira vez, todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do Brasil cadastrados durante a realização da pesquisa.


A grande maioria dos endereços é formada por domicílios particulares, ou seja, casas e apartamentos. Em segundo lugar estão os estabelecimentos comerciais com "outras finalidades", como comércio, prédios culturais ou públicos.


Principais tipos de endereço no Brasil:


  • Domicílios particulares (casas, apartamentos): 90,6 milhões

  • Estabelecimentos de outras finalidades (lojas, prédios públicos e culturais): 11,7 milhões

  • Estabelecimentos agropecuários: 4 milhões

  • Edificações em construção: 3,5 milhões

  • Estabelecimentos religiosos (igrejas e templos): 579,7 mil

  • Estabelecimento de ensino (escolas, creches, universidades): 264,4 mil

  • Estabelecimento de saúde (hospitais, clínicas, pronto socorro): 247,5 mil

  • Domicílios coletivos (hotéis, presídios, pensões, asilos): 104,5 mil


Segundo o IBGE, a maior precisão do levantamento pode ser uma ferramenta importante para o planejamento urbano e para a criação de políticas públicas específicas.


É possível, por exemplo, mapear domicílios impactados for fenômenos ambientais como enchentes, deslizamentos, queimadas e secas. Ou fazer a contabilização de serviços oferecidos à população de acordo com a densidade demográfica.


Outros dados do Censo 2022


As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que:


  • O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais;

  • O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros;

  • 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo;

  • O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;

  • Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu.


Fonte: g1


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