SÃO LEOPOLDO: O grande volume de chuva registrado na madrugada deste sábado, dia 18 de novembro, causou transtornos pontuais em alguns bairros de São Leopoldo. Em menos de 24h choveu mais de 100mm, causando alagamentos pontuais em bairros do município. Por volta das 5h um raio provocou um apagão geral, provocando três quedas na rede de energia elétrica, justamente no período em que houve a maior incidência no volume de chuva, que chegou a 60mm em menos de três horas.
A queda de um raio afetou a Casa de Bombas do bairro Campina que ficou sem funcionar devido a queima de um componente elétrico da subestação de energia. O Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) acionou a RGE e a empresa terceirizada que presta assistência técnica para trabalhar no conserto. A Casa de Bombas voltou a operar às 10h30 e próximo ao meio-dia o serviço de bombeamento normalizou a vazão das águas.
A falta de energia por 30 minutos também impactou o funcionamento da Casa de Bombas do bairro Vicentina, alagando a avenida João Corrêa e parte do Centro. Houve alagamentos pontuais em ruas e avenidas da Feitoria, Santo André, Rio Branco, São Miguel e Brás. No bairro Santo André, o volume de chuva elevou o arroio Kruze na rua Felipe Uebel. A avenida Leopoldina trecho próximo ao Parque Imperatriz ficou alagada pelo grande volume de chuva. Ocorreram ainda quedas de algumas árvores, como na rua Francisco Ferreira Gomes no bairro Santo André, que ficou interditada para que fosse removida pelo Corpo de Bombeiros.
Na manhã deste sábado, o prefeito Ary Vanazzi, o diretor-geral do Semae, Geison Freitas, e o superintendente da Defesa Civil, Paulo Borges, estiveram acompanhando os trabalhos das equipes nas Casas de Bombas dos bairros Campina e Vicentina na manutenção e retirada de resíduos. Vanazzi mobilizou e determinou que a Defesa Civil comunicasse os moradores das áreas mais propensas para enchentes e alagamentos para que fiquem em alerta e mantenham cautela. “É importante que a comunidade fique atenta porque a água vai continuar subindo por mais um tempo e depois a tendência que comece a baixar. Vamos dar as informações necessárias o mais rapidamente possível. No mais a situação da cidade está tranquila. Estamos trabalhando desde às 5h da manhã na manutenção dos equipamentos e no acompanhamento destes casos pontuais”, disse o prefeito.
“A população tem que se preparar porque estamos vivendo um momento atípico. Enquanto as pessoas continuarem jogando lixo no rio e nos arroios vai causar problemas nos bairros da cidade. É só olhar a quantidade de lixo recolhido nas Casas de Bombas. É preciso ter um pouco mais de respeito pela natureza e separar o lixo”, orientou Vanazzi.
“Por volta das 5h tivemos três quedas de energia que atingiram a Vicentina, Centro e Campina. Agimos rapidamente para acionar a RGE e a Mercúrio para consertar a subestação da Vicentina e reestabelecer o serviço da Casa de Bombas. A Casa de Bombas da Vicentina ficou alguns minutos sem energia, durante a parte mais severa do temporal e o arroio subiu quase um metro nesses minutos, não dando mais tempo de conseguir baixar o nível das águas. Com as Casas de Bombas em pleno funcionamento, acreditamos que perto do meio-dia esteja tudo normalizado”, afirma Geison.
Desassoreamento no Gauchinho e na Vicentina
Por conta das chuvas que estão previstas para acontecer ainda no mês de novembro, o Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) esteve realizando o desassoreamento dos arroios e valas de drenagem em São Leopoldo. Na segunda-feira, 13 de novembro, o trabalho ocorreu na vala de drenagem do arroio Gauchinho, na vila Brás, bairro Santos Dumont. Na terça-feira, dia 14, equipes do Semae estiveram fazendo o desassoreamento da vala de drenagem no bairro Vicentina. O processo de desassoreamento é realizado de forma preventiva para remover resíduos e vegetação acumulados no fundo do córrego facilitando o escoamento de água, e assim, diminuir as chances de alagamentos no município.
Chuva Volumosa sobre a Metade Norte do RS
Neste sábado (18), a umidade é canalizada devido ao lento avanço de uma frente fria sobre o oceano e mantém o risco de tempo severo, com eventual queda de granizo, rajadas intensas de vento e chuvas volumosas na Metade Norte e Região Metropolitana de Porto Alegre, especialmente entre a madrugada e a manhã. Os volumes podem variar entre 80 e 110 mm/dia, podendo passar pontualmente desses valores entre o Noroeste, Norte e Serra Gaúcha. Durante a noite as instabilidades perdem força e há condição para pancadas moderadas de chuva com trovoadas. Ao longo do domingo (19) o avanço de uma massa de ar seco sobre o Estado favorece o tempo estável com sol entre nuvens.
FONTE: SCOM/PMSL
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