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Foto do escritorGuilbert Trendt

Ciclosinos luta pela ampliação do modal cicloviário em São Leopoldo


O uso da bicicleta na cidade, além de ser uma prática que contribui para a saúde física e mental, pois coloca o corpo em movimento, queima calorias e reduz os níveis de estresse, também proporciona um deslocamento com mais rapidez e facilita a conexão com o meio ambiente. Atualmente o uso da bike é uma das alternativas mais viáveis para melhorar a mobilidade urbana.


Em São Leopoldo, a Associação de Ciclistas (Ciclosinos) criada em 2020, sem fins lucrativos e que conta 100% com trabalho voluntário, atua no planejamento de propostas para incentivar cada vez mais o uso da bicicleta, melhorar e qualificar a mobilidade urbana através da ampliação do modal cicloviário na cidade e também no Vale do Sinos.


O presidente da Ciclosinos, André Luís Marka, amante do ciclismo, diz que hoje a principal reivindicação do grupo é expandir a quilometragem da malha cicloviária de 11 para 58 km. “A medida que vai ampliando o número de carros, se reduz a quantidade de bicicletas nas ruas. E queremos justamente o contrário. Estamos na luta pela ciclovia da avenida Mauá, que deve sair do papel em breve, e a ligação dela até a cidade de Novo Hamburgo. Também temos a pretensão de implantar uma ciclovia na Zona Norte da cidade, no bairro Scharlau, ao longo da avenida Atalíbio Taurino de Resende”, explica.


A ideia, segundo Marka, é que São Leopoldo se transforme na cidade mais ciclável do Estado, passando na frente de Campo Bom que atualmente tem 53km de faixa exclusiva para ciclistas. “Hoje São Leopoldo tem 90 mil bicicletas e, por dia circulam, em média, 3,8 mil bikes pelas ciclovias da cidade, especialmente aos finais de semana.” De acordo com o presidente da Associação, a Ciclosinos trouxe mudanças significativas para São Leopoldo que, até então só contava com a ciclovia na avenida Imperatriz Leopoldina.


“Hoje nós temos a ligação de Sapucaia do Sul até São Leopoldo, ampliamos a rede de mobilidade urbana que sai da Avenida Mauá e vai até a Unisinos. E temos um projeto da ligação da Mauá sob a elevada de trem até Novo Hamburgo”, conta Marka. Além disso, com o aval da Prefeitura, o grupo adotou um espaço entre a avenida Imperatriz Leopoldina e avenida Mauá, hoje batizado de Praça Ciclosinos, local ocupado pelos ciclistas da região, inclusive servindo como ponto de encontro para iniciar os pedais e também muito utilizado por crianças em razão da pista de obstáculo. A ideia, conforme Marka, é fazer atividades de educação no trânsito com a criançada no contraturno escolar.


A Prefeitura de São Leopoldo informou que atualmente a cidade tem 11 km de ciclovia, com previsão de ampliação para 30 km em 2024. Ou seja, serão implantadas mais 19 km neste ano de malha cicloviária no município. "O ciclismo urbano é um movimento crescente e uma alternativa sustentável ao transporte motorizado individual. A Prefeitura visa garantir o compartilhamento seguro das vias públicas para assegurar aos usuários plenas condições para a mobilidade ativa”, informou o titular da Secretaria de Mobilidade e Serviços Urbanos (Semurb), Sandro Lima.


Segundo o secretário, a Ciclosinos é uma associação composta por ciclistas que atuam na região propondo melhorias para a mobilidade urbana. “São parceiros importantes, que valorizam as ações, proposições civis e a participação popular", afirma Lima.


Fonte: Correio do Povo

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