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Comércios no entorno da Arena do Grêmio começam a reabrir após a enchente

A Zona Norte de Porto Alegre segue se recuperando dos efeitos das enchentes de maio, passados quase quatro meses do começo da inundação. Apesar de a água já ter ido embora há tempos, e não haver novos bloqueios, as marcas nas paredes e muros estão por diversos locais na vila Farrapos e no bairro Humaitá, onde as águas alcançaram o segundo andar de incontáveis residências e comércios. No entorno da Arena do Grêmio, não são poucos os bares retornando à ativa nesta semana.


Os proprietários aproveitam tanto a retomada do estádio do Grêmio para jogos, a partir de domingo (1º), o que deve trazer tanto a garantia de público constante e nova vida aos comércios, quanto a recente liberação de trânsito das vias próximas. Em um destes bares identificados com o clube, na esquina da avenida Padre Leopoldo Brentano com a rua Monsenhor Arthur Wickert, o atendente Éder Silva Goulart trabalhava na manhã desta quarta-feira (28) atirando água com um lava jato em refrigeradores, a fim de remover a sujeira ainda acumulada da enchente. Outras garrafas próximas, também sujas, seriam devolvidas à distribuidora de bebidas para serem trocadas por novas.


O funcionário disse morar na vila Asa Branca, no Sarandi – um dos locais mais afetados pela inundação da Capital –, com a esposa e duas filhas, de dez e quatro anos. Depois de recompor a família, ele agora se volta para ajudar no trabalho. “Agora conseguimos reabrir em função das licenças necessárias. Estavam todos os bares fechados aqui. Acho que ainda não será possível lucrar o mesmo do que antes da enchente, porém já é um bom começo”, disse ele. “Graças ao público da Arena que vem para o jogo, conseguimos nos sustentar”, afirmou.


O bar em questão pertence a um casal de amigos. Goulart contou que ele próprio não conseguiu obter auxílio de nenhum governo, mas contou com a ajuda de amigos que trabalham em lojas de materiais de construção para conseguir um telhado novo, já que, em sua residência, a altura da água superou os três metros. Ainda obteve doações de alimentos de demais pessoas. “Trabalho aqui há dois anos, e fora daqui atuo com reciclagem. Tenho o exemplo do meu pai, que ensinou a não parar jamais”, contou o atendente.


Fonte: Correio do Povo

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