BRASÍLIA: o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou à Polícia Federal a instauração de Inquérito Policial para investigar a proliferação de células neonazistas no Brasil, fenômeno que disparou de maneira assustadora nos últimos anos. A decisão de Dino foi tomada após o massacre de Blumenau acontecido nesta quarta-feira, 05 de abril.
Um homem de aproximadamente 25 anos de idade invadiu, nesta quarta-feira (5), a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, Santa Catarina, matando quatro crianças e ferindo três. A Polícia Civil informou que o autor do atentado foi preso após se entregar na central de plantão policial da região.
Autoridades locais estão avaliando a possibilidade de suspenderem as aulas e pediram à população que evite se informar via redes sociais, para que notícias falsas não acabem resultando em pânico. O pedido se deve ao fato de estarem correndo boatos sobre atentados em outras escolas, o que, até o momento, não tem confirmação.
Condolências
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou, nesta terça-feira (5), condolências às famílias das vítimas do atentado ocorrido em uma creche na cidade de Blumenau, em Santa Catarina.
"Não há dor maior que a de uma família que perde seus filhos ou netos, ainda mais em um ato de violência contra crianças inocentes e indefesas. Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor", postou o presidente por meio de sua conta no Twitter.
Na sequência, Lula disse que "para qualquer ser humano que tenha o sentimento cristão, uma tragédia como essa é inaceitável, um comportamento, um ato absurdo de ódio e covardia como esse".
Organização criminosa com ligações internacionais
No domingo (2), o Fantástico revelou que a Polícia Civil de Santa Catarina descobriu a existência de uma filial de um grupo internacional de supremacia branca no Brasil.
De acordo com as investigações, o grupo tinha um plano para implantar no Brasil uma célula radical de supremacia branca. Dez homens foram presos.
“De fato, encontramos um grupo de indivíduos adeptos e integrantes de uma organização skinhead neonazista transnacional. Localizamos toda a vestimenta utilizada por eles, toda a indumentária que identifica eles como um grupo neonazista”, afirmou o delegado Arthur de Oliveira Lopes.
A polícia disse que encontrou mensagens criminosas nos celulares de investigados, como: "Pretos têm que morrer todos os dias".
Ainda conforme as investigações, os suspeitos eram responsáveis pelo recrutamento de jovens que participavam de outras células, por meio de convites e seleções feitos pela internet.
A célula internacional também está presente em Portugal, Alemanha e outros países. O grupo é um dos mais organizados e violentos dos Estados Unidos.
Fonte: Brasil 247 e Portal G1
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