Realizada nesta segunda-feira (16), a reunião mensal da Comissão São Leopoldo + Segura, liderada pela ACIST-SL/Consepro e composta por diversas instituições de Segurança Pública da cidade, discutiu solicitações de recursos para reformas e melhorias em suas instalações.
Entre as principais demandas, a 2ª Delegacia de Polícia Civil de São Leopoldo, localizada no bairro Scharlau, foi destaque. A unidade, gravemente afetada pela enchente de maio, perdeu móveis e equipamentos após ficar 20 dias alagada. "Estamos trabalhando em situação de precariedade. Perdemos todos os móveis e não há banheiros nem cozinha”, afirmou o titular André Serrão.
Para o delegado Eduardo Hartz, chefe da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), inúmeras são as dificuldade enfrentada pelos 16 servidores que atuam no local. "Conseguimos recuperar alguns computadores, mas todo o restante foi perdido. Por isso, estamos solicitando ajuda para a aquisição do mobiliário", disse.
Outro pedido veio do capitão do Corpo de Bombeiros Militar, Tiarles Gularte de Almeida, que solicitou apoio para a reforma do telhado da corporação. “Desejamos receber a comunidade por meio de atividades como o Bombeiro Militar Mirim, mas como o telhado está muito comprometido, inclusive entrando água da chuva, não há condições de executar estes e outros projetos”, lamentou o capitão.
Conforme Rogério Daniel da Silva, diretor de Segurança Pública da ACIST-SL e presidente do Consepro, os orçamentos estão sendo avaliados e os recursos serão buscados junto ao setor empresarial e outras entidades.
Projeto de ressocialização de apenados é apresentado
Os diretores do Instituto Penal de São Leopoldo (IPSL), Diego Linhares e Dagoberto Amaral de Melo, também participaram da reunião para apresentar o projeto de ressocialização dos apenados por meio do trabalho em empresas da cidade. Atualmente, o presídio abriga 180 presos no regime semiaberto, sendo que 128 realizam serviços externos, principalmente em Sapucaia do Sul.
“As empresas podem aderir fazendo uma carta de cooperação muito simples de preencher”, explicou Linhares, que destacou as fiscalizações periódicas para evitar evasões indevidas.
No entanto, apenas dois apenados estão empregados em São Leopoldo, atuando na Secretaria de Assistência Social. A meta da direção do presídio é ampliar esse número, já que 40% dos presos são originários do município.
Durante o encontro, a secretária municipal de Segurança Pública e Defesa Comunitária, Giselda Matheus, garantiu que vai avaliar os motivos da baixa adesão local, informando ainda que a prefeitura oferece atendimento de saúde diretamente no Instituto Penal, eliminando a necessidade de remoções frequentes dos detentos.
Empresas interessadas em aderir ao projeto podem enviar um e-mail para: pesleo-direcao@susepe.rs.gov.br.
Entre as propostas apresentadas também foi sugerida a criação de um grupo de trabalho para avaliar as parcerias já estabelecidas.
Kommentare