Os moradores de vários bairros de Porto Alegre registraram rápida ascensão da água e alagamentos em diversas vias na manhã desta quinta-feira (23). Entre os registros de aumento do volume estão vias do Menino Deus, Praia de Belas, Cidade Baixa, Santana, áreas da Zona Norte, além de vias como a 24 de outubro, Cairú, Farrapos, Cristóvão Colombo e na Zona Sul de Porto Alegre, como na Cavalhada e Otto Niemeyer.
A limpeza do Mercado Público, que havia se iniciado na manhã dessa quinta, foi suspensa, já que há avanço da inundação.
Há relatos, inclusive, de vias que não foram afetadas anteriormente pela água. É o caso da Lima e Silva, na Cidade Baixa. O Shopping Praia de Belas encerrou as atividades às 12h "em função das condições climáticas que afetam a circulação e a mobilidade em Porto Alegre, prejudicando a acessibilidade à região do empreendimento".
O lixo se acumula sobre a água em diferentes pontos. Há muito entulho boiando, parte dele havia sido deixado sobre calçadas e vias após limpeza recente. Muitos motoristas na Capital tiveram que mudar o trajeto e até buscar filhos em escolas ou sair do trabalho. Há também aumento da água em locais como bairro Fátima, em Canoas e no município de Guaíba, como no bairro Santa Rita.
Durante a manhã, em entrevista ao Timeline, da Gaúcha, a diretora de tratamento de Água e Esgotos do Dmae, Joicineli Becker, atribuiu o problema à dificuldade no escoamento da água da chuva, dada a obstrução de bueiros com areia, lixo e outros tipos de sujeira.
"Com o nível da chuva, depois de tantos dias de inundação, as redes de escoamento estão obstruídas. Estamos vendo o acúmulo de água da chuva", destacou.
Além disso, o Dmae informou que a Estação de Bombeamento de Água Pluvial (Ebap) 12, que deveria retirar a água da região, está operando com capacidade reduzida.
"Naquele momento em que tivemos a subida rápida das águas, no início da crise, tivemos uma parada em todas as casas de bombas da região. Hoje não. O bombeamento está acontecendo. De forma reduzida, porque a 12 está com limitações de energia para aumentar o bombeamento", ressaltou.
De acordo com , a situação está sendo monitorada e, por enquanto, não há orientação oficial para evacuação das áreas afetadas. "O Guaíba não tem tendência de subida no momento. Estamos trabalhando nas casas de bombas. Qualquer iminência de descontrole, nós vamos avisar a população. As ruas que já estão alagadas, a lâmina pode aumentar um pouco", explicou.
Fonte: GZH
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