Marcada pelo espírito da retomada da agropecuária gaúcha após a enchente, a Expointer encerra a edição de 2024 com marcas simbólicas e financeiras. A comercialização na feira somou mais de R$ 8,1 bilhões em negócios.
Os números finais superam as expectativas do setor, que sequer arriscava palpites diante do contexto do agro no Estado após a cheia de maio.
O valor comercializado supera a cifra recorde da edição passada, quando foram vendidos R$ 7,9 bilhões no parque Assis Brasil, em Esteio.
O governador do Estado, Eduardo Leite, relembrou os esforços conjuntos para a realização da feira. Para as entidades copromotoras, a edição se faz simbólica não só pelo montante alcançado, mas pelo que representou para os agricultores. O próprio parque Assis Brasil ficou 20 dias submerso na enchente, precisando passar por reformas para a realização este ano.
Além disso, muitos produtores perderam terras, maquinário e produção nos eventos climáticos. Mesmo com as dificuldades, estiveram presentes no parque.
"Os números por si só demonstram a importância da realização da feira. Estamos falando de movimentação econômica que reflete em emprego e renda para a população neste contexto tão desafiador", disse Leite.
Entre os números que ficaram aquém, a venda de insumos registrou a maior queda. Conforme o secretário da Agricultura, Clair Kuhn, é um reflexo do próprio contexto da agricultura gaúcha, que espera a efetivação dos anúncios do governo federal para a implementação das próximas safras.
O tradicional Pavilhão da Agricultura Familiar, queridinho do público pelas iguarias da agroindústria gaúcha, renovou seu próprio recorde na edição. Foram mais de R$10 milhões em vendas no espaço.
Os números
Animais: R$ 18,9 milhões (+48%)
Artesanato: 1,5 milhões (+7,3%)
Comércio: R$ 46,7 milhões (-14,9%)
Automobilístico: R$ 592 milhões (+25,5%)
Agricultura familiar: 10,8 milhões (+25,4%)
Máquinas e implementos agrícolas: 7,3 bilhões (+0,57%)
Insumos (sistema cooperativo): R$ 36,7 milhões (-57,6%)
Fonte: GZH
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