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Em entrevista ao Start News, Ary Vanazzi defende legado deixado em São Leopoldo

Foto: Mariana Santos
Foto: Mariana Santos

SÃO LEOPOLDO: em entrevista no programa Start News, o ex-prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), falou de suas experiências políticas abordando questões cruciais sobre a administração pública, a situação dos municípios e o impacto das recentes decisões do Governo do Estado em relação aos recursos para o combate às cheias.


Vanazzi, que recentemente completou seu ciclo como presidente da Associação Brasileira de Municípios (ABM), falou sobre os avanços alcançados no trabalho de defesa dos municípios em Brasília. Embora não tenha cargo remunerado, ele destacou o trabalho contínuo que realiza em defesa de suas pautas. "Tenho ido muito a Brasília, buscando melhorias para os municípios e trabalhando em questões importantes, como a proteção das cheias" afirmou o ex-prefeito.


Segundo o ex-prefeito, o Governo do Estado tem falhado ao tratar do assunto com a devida seriedade, deixando de envolver as prefeituras nos comitês responsáveis por tais decisões. Vanazzi ressaltou que, apesar dos recursos significativos destinados pelo Governo Federal, as prefeituras ainda enfrentam dificuldades para implementar projetos essenciais. "O Governo do Estado quer usar os recursos para comprar um helicóptero e um avião, mas não há discussão sobre as obras de proteção", criticou.


Ary Vanazzi também comentou sobre o uso dos recursos federais, mencionando que o Governo do Estado tem liberado valores para ações menos prioritárias, como limpeza de bocas de lobo e drenagem, ao invés de investir em um sistema de proteção de longo prazo, como as obras para prevenção de cheias. "Esses recursos deveriam ser usados para um novo sistema de proteção das cheias, mas o que vemos é uma gestão ineficiente", disse Vanazzi.


Além disso, Vanazzi aproveitou a oportunidade para refletir sobre suas questões jurídicas. Recentemente, ele venceu um processo de improbidade administrativa. Vanazzi explicou que a denúncia foi originada por opositores políticos, mas foi mostrado durante o processo, com provas contundentes, como fotos e materiais que comprovaram a regularidade do evento, objeto principal do processo contra ele. "Todos os processos que enfrentei não envolvem corrupção, mas sim questões de gestão e interpretação política", afirmou.


Sobre as dívidas deixadas no final de seu mandato


Durante a entrevista, Vanazzi se defendeu de acusações e colocou sua versão sobre a crise financeira que a atual administração municipal alega existir. O ex-prefeito afirmou que, ao assumir a Prefeitura em 2017, encontrou a administração com três folhas de pagamento atrasadas e uma dívida quase impagável. Ele também mencionou a falta de contratos de coleta de lixo e a crise na saúde, com o Hospital Centenário endividado e sem recursos suficientes.


“O cenário era dramático, mas conseguimos organizar as contas e recuperar a cidade. Não existia qualquer tipo de crise financeira quando deixei a Prefeitura”, defendeu o ex-prefeito.


Vanazzi criticou a fala do atual governo sobre uma crise financeira, afirmando que isso é uma estratégia para desviar o foco das dificuldades que a administração atual poderá enfrentar no futuro.


Em relação ao Hospital Centenário, Vanazzi destacou que o problema da dívida do hospital é uma questão histórica, agravada por decisões políticas que impedem a cidade de receber recursos do Estado desde 2015. O ex-prefeito também fez um alerta sobre a situação do Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAPS), que enfrenta um déficit crescente e pode se tornar impagável em poucos anos se não forem tomadas medidas urgentes. “Estamos discutindo isso em Brasília, e a ABM (Associação Brasileira de Municípios) está buscando alternativas com o governo federal para resolver essa questão”, afirmou.


Vanazzi também defendeu sua gestão, dizendo que as críticas são parte do debate político, mas que sempre teve a consciência tranquila sobre as decisões tomadas durante seu tempo à frente da administração municipal.


A permuta e o terreno de 80 metros quadrados


Vanazzi também se manifestou sobre a situação envolvendo a permuta de um terreno de 80 metros quadrados. Ele explicou que o proprietário da área, na época, fez uma permuta com a prefeitura e, posteriormente, lhe ofereceu a venda do terreno, que estava localizado na divisa de sua residência. O ex-prefeito afirmou que quando comprou a propriedade, pagou R$8 mil reais parcelados em 12 vezes, e que atualmente, o terreno está avaliado em cerca de R$50 a R$60 mil reais.


“Eu nunca pedi permuta, quem fez a permuta foi o proprietário. Depois me ofereceu a venda do terreno porque eu era vizinho. Comprei de forma legal, com escritura registrada”, explicou Vanazzi, ressaltando que a negociação foi feita dentro dos trâmites legais e não houve qualquer favorecimento pessoal.


Vanazzi destacou que a permuta envolveu um ganho para a Prefeitura, pois o proprietário deu um terreno de maior valor à administração em troca do pequeno pedaço de terra. Ele também enfatizou que, em sua gestão, todos os projetos e permutas eram analisados e assinados por técnicos especializados, sem interferência direta do prefeito. Por fim, Vanazzi deixou claro que sua prioridade sempre foi o bem-estar da população e o desenvolvimento sustentável de São Leopoldo. A entrevista, que foi conduzida por Bado Jacoby.


Da redação do www.startcomunicacaosl.com.br/ Por Mariana Santos

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