Uma escultura em aço, medindo 6x2 metros e com 4 metros de altura, será instalada na Praça Revolução Farroupilha, em frente ao Mercado Público, no Centro Histórico de Porto Alegre. A obra homenageia os voluntários que, durante as enchentes de maio, realizaram resgates heroicos, salvando vidas de pessoas e animais.
Suspenso a 1,7 metros do chão, o barco representa o nível da água que atingiu a área. A instalação visa garantir que essa tragédia não seja esquecida, lembrando a importância da solidariedade em momentos de crise.
Encomendada pela Federasul e pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), a escultura é assinada pelo artista plástico Ricardo Cardoso.
O presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, ressaltou que a homenagem é um agradecimento aos brasileiros que se mobilizaram durante as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul. “A obra captura a essência de cenas comuns durante a tragédia: os resgates que salvaram vidas”, afirmou.
A escultura retrata 12 figuras humanas em um ato heroico: seis erguendo o barco, enquanto outras seis participam do resgate, incluindo o piloto, duas ajudando a salvar uma criança, outras duas resgatadas – uma mulher e uma criança em seu colo. Além disso, dois animais de estimação, um gato e um cão, também estão a bordo, representando que ninguém ficou para trás durante a operação.
Feita em aço patinado, conhecido como aço corten, a obra terá um prazo de execução de 60 dias. O foco vai além da lembrança das tragédias naturais, destacando as ações solidárias e o espírito de heroísmo que inspiraram o nome da escultura: Fraternidade. Esse título reflete o sentimento que motivou os voluntários a saírem de suas casas e arriscarem suas vidas em prol dos outros.
Ao lado da escultura, um painel explicativo com 14 linhas expressa a homenagem da Federasul e da ACPA aos Heróis Voluntários: “À memória de nossa terra em seu momento de dor, superação e inspiração em maio de 2024, para que possamos aprender com o que aconteceu, agradecer e evoluir. Nosso muito obrigado a todos os brasileiros que nos estenderam as mãos!”
Fonte: Correio do Povo
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