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Família afirma que teve casa destelhada após passagem de avião comercial na Base Aérea de Canoas

Imagem: arquivo pessoal.

Uma família de Canoas afirma que teve a casa destelhada após a passagem de um avião na Base Aérea do município (BACO). Desde maio, a unidade militar recebe voos comerciais em razão do fechamento do Aeroporto Salgado Filho, na Capital, após a enchente.


O episódio ocorreu por volta das 11h30 do dia 13 de agosto, segundo a família. A casa fica no bairro Niterói, a cerca de 600 metros do fim da pista da Base Aérea de Canoas. Não há relatos de outros imóveis danificados na região.


"Eu nunca imaginei que podia ser um avião que tivesse passado, e o vento dele, muito forte. Nunca tinha passado [por isso]", diz Adriana Ramos Lombardo, moradora do imóvel.


A Defesa Civil informou à RBS TV que esteve no local e entrou em contato com a Base Aérea de Canoas para averiguação dos fatos. A pasta acrescentou que fez a entrega de lona para cobrir o telhado de modo provisório.


A Força Aérea Brasileira (FAB) disse que "o único voo realizado neste dia ocorreu dentro dos procedimentos padrões da atividade operacional" e que "os voos comerciais que passaram a ser realizados na BACO também têm ocorrido dentro da normalidade".


A FAB ainda afirmou que, "sem uma informação mais precisa, torna-se inviável apontar que o motivo causador do dano em questão tenha sido gerado pela atividade operacional da Base Aérea de Canoas".


O professor Lucas Fogaça, coordenador do Curso de Ciências Aeronáuticas da Escola Politécnica da PUCRS, afirma que a casa pode ter sido atingida por um fenômeno conhecido como "jet blast".


"A quantidade de ar que os motores e as asas movimentam para colocar uma máquina dessa em voo é absurda. Quanto mais pesado o avião, mais força. Então é plenamente possível", explica.


O fluxo de aviões de grande porte não era comum em Canoas até o fechamento do Salgado Filho e a transferência das operações do terminal para a Base Aérea. Os aviões militares que operam no local, como os caças, são menores.


"Os aviões das companhias [aéreas], que são um pouco mais pesados, eles estão passando a 30 metros acima da casa", fala o vizinho, Marco Antônio Sonaglio.


Fonte: g1

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