O Rio Grande do Sul conta com mais de 77 mil vítimas da enchente em abrigos nesta quinta-feira (16). Muitos desses postos de acolhimento funcionam em escolas, universidades, igrejas e clubes, locais que precisarão voltar às atividade normais nas próximas semanas. Para solucionar esse problema, o governo do Estado planeja a construção de quatro cidades provisórias, localizadas em Canoas, Guaíba, Porto Alegre e São Leopoldo.
"Temos pouco tempo para montar. Logo teremos o exaurimento de alguns locais. Na semana que vem vamos iniciar a contratação. Até amanhã (sexta) vamos ter o descritivo das estruturas temporárias necessárias. É mais rápido contratar um serviço de montagem dessas estruturas. É como se fosse uma estrutura de eventos com qualificação para albergar pessoas", destacou o vice-governador Gabriel Souza em entrevista à Rádio Gaúcha.
Ele apresentou detalhes sobre a medida. "Nós estamos procurando locais para a colocação rápida de estruturas provisórias com dignidade mínima. Em três já encontramos locais. Teremos espaço para crianças e pets. Lavanderia coletiva. Cozinha comunitária. Dormitórios e banheiros. Isso nesse período em que as pessoas ainda necessitarão desse apoio", explicou.
As cidades escolhidas são as que mais contam com abrigados. No caso de Guaíba, a maioria dos atendidos é de Eldorado do Sul, município que teve a totalidade da área urbana alagada.
"Temos alguns locais que poderão ser utilizados. Tem o Porto Seco, em Porto Alegre. Temos o Centro Olímpico Municipal, em Canoas. Em São Leopoldo estão indicando o Parque de Eventos. Em Guaíba irei pessoalmente pois estamos com dificuldades de encontrar áreas que não sejam inundáveis. Guaíba está recebendo muitos abrigados de Eldorado do Sul", pontuou.
O vice-governador também citou o Aluguel Social, programa que poderá ajudar parte da população que foi prejudicada pela tragédia climática.
"Teremos o aluguel social, que é uma espécie de voucher. Os municípios poderão aderir. O governo federal também anunciou ações nesse sentido. Um grupo vai para o aluguel social. Outras poderão voltar para casa. Vai sobrar um número de pessoas [que será o foco das cidades provisórias]", ressaltou.
Fonte: GZH
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