Sete meses após a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, cidades gaúchas seguem trabalhando na reconstrução da infraestrutura não apenas com recursos próprios ou dos governos estadual e federal, mas principalmente com o apoio e incentivo de diversas iniciativas, incluindo o setor privado. Em Canoas, a Escola Municipal de Ensino Fundamental João Paulo I, localizada no bairro Santo Operário, uma das instituições duramente afetadas pelas enchentes, contou com o apoio da empresa Edtech Gran (que oferece cursos preparatórios para concursos, graduações e pós-graduações), que fez a doação de R$40 mil, somando-se às ações de retomada.
A escola, que atende cerca de 900 alunos do ensino fundamental e possui turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), utilizou os recursos para cobrir itens emergenciais necessários à reabertura, como geladeira, mesas, bancos, impressoras, instalação de novo portão e restauração de parte do muro.
O impacto da tragédia ainda é evidente no cotidiano da comunidade escolar, que segue se adaptando às consequências do desastre ambiental. A escola sofreu severos danos à estrutura, incluindo a perda de mobílias, materiais pedagógicos e equipamentos como ar-condicionado, mesas, cadeiras, quadros e armários.
Segundo o diretor da instituição, Oberdan Peres, a unidade reabriu as portas em 5 de agosto, mas ainda enfrenta o desafio de reintegrar cerca de 30 alunos que não conseguiram retornar às aulas presenciais devido às condições de calamidade e mudanças de endereço.
“Nunca enfrentamos um desastre ambiental dessa magnitude, que impactou praticamente todo o lado Oeste de Canoas. Através desta doação conseguimos adquirir um freezer para armazenar carnes destinadas à alimentação dos alunos, mesas para o refeitório, impressoras para materiais de aprendizagem, além de realizar a reforma do portão e outras melhorias. Esse apoio foi fundamental para restabelecer o funcionamento da escola e continuar oferecendo ensino de qualidade à comunidade,” afirma o diretor.
O apoio de empresas tem se mostrado essencial para acelerar a recuperação das áreas afetadas no Rio Grande do Sul, complementando os esforços do poder público. Iniciativas privadas têm viabilizado ações imediatas, como a restauração de estruturas básicas e o fornecimento de materiais essenciais, demonstrando o papel transformador que a colaboração entre diferentes setores desempenha em momentos de crise.
Fonte: Correio do Povo
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