Um servidor público foi alvo da Operação Falso Grau, deflagrada nesta terça-feira (6) para coibir delitos de falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato. De acordo com a Polícia Civil, o investigado utilizou um diploma fraudado para ascender em cargos no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Canoas (Canoasprev). Ele teria recebido ilegalmente cerca de R$ 400 mil, sem correção monetária.
A suspeita é que o investigado tenha feito uso de um diploma falso de bacharelado em Comunicação e Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO), expedido em 2006, para obter vantagens financeiras que não teria direito sem o documento.
"O servidor teria se utilizado do diploma para se locupletar de valores, os quais somente poderiam ter sido pagos a quem possui graduação em curso superior. Os prejuízos causados aos cofres do CanoasPrev ultrapassam R$ 390 mil”, disse o delegado Max Otto Ritter, titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Decor), da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCCOR).
A ofensiva, que contou com 14 agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), decorre de quatro meses de investigação. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, em Canoas e Porto Alegre, além do bloqueio de contas bancárias e confisco de dois automóveis.
Em nota, o Canoasprev informou que há um processo administrativo disciplinar em andamento, aberto no dia 26 de março, sobre o caso, mas que prazo para finalização deste foi prorrogado por causa das enchentes. O comunicado adiciona que, se for constatada alguma irregularidade, serão seguidas as determinações que constam no estatuto dos servidores públicos. Por fim, o Canoasprev "reforça compromisso com a transparência e diz estar à disposição das autoridades para elucidar os fatos".
Fonte: Correio do Povo
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