Janeiro de 2025 no Rio Grande do Sul será um mês típico de verão. O período será marcado pelo calor e pela tendência de chuva um pouco abaixo da média esperada para o Estado, mas ainda dentro da normalidade.
A estação é caracterizada pela maior incidência de radiação sobre o Hemisfério Sul por conta da posição da Terra. Essa dinâmica favorece para que ocorram períodos ensolarados mais longos durante o dia e para o aumento da temperatura.
De acordo com Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo, além dessa condição habitual, o que se projeta é uma continuidade das passagens frequentes de frentes frias próximas ao território gaúcho que já vinham sendo registradas em dezembro.
Como ficam os termômetros?
Após um dezembro marcado por termômetros amenos e variações térmicas, o Rio Grande do Sul deve observar um predomínio de temperatura um pouco acima da média, entre 1ºC a 3ºC de aumento, em parte da metade Norte e Sul do Estado.
Na faixa Oeste, Centro e Leste, o calor pode ser mais elevado, com cerca de 3ºC a 5ºC a mais do que o esperado. Na região das Missões, por exemplo, a temperatura costuma variar entre 31ºC e 33ºC. Dessa forma, a partir do que indica a previsão, a média pode subir de modo considerável. Esse aumento será motivado pela frequência na passagem de frentes frias marítimas.
"As frentes frias estão com uma frequência forte, mas estão marítimas, consequentemente, não deixam muita chuva. No entanto, favorecem para elevar a temperatura antes das suas passagens. Quando vão se deslocando, empurram o ar quente, o que contribui para uma sequência de dias quentes", explica Guilherme.
Outro fator que deve contribuir para esse cenário de calor é uma concentração de massa de ar quente no Norte da Argentina, que se desloca para o Sul do Brasil. A configuração favorece a tendência de temperatura mais elevada.
E a chuva?
Conforme o meteorologista Guilherme Borges, a variabilidade de chuva em janeiro costuma variar entre 150 mm e 200 mm no Rio Grande do Sul. Para essa temporada, algumas regiões podem observar uma pequena diminuição nas precipitações, mas sem ser capaz de provocar prejuízos.
"A tendência que a gente observa para esse mês é que a chuva fique dentro da normalidade, tanto na faixa Norte e Sul. E, de maneira geral, as outras regiões, pegando Serra, Região Metropolitana, Vales, Campanha, Oeste, Centro, devem ficar com chuva um pouco abaixo da média. E o que é esse "pouco abaixo da média"? Em torno de 10 mm a 30 mm de chuva, nada muito significativo", pontua o especialista.
As quedas d'água devem vir de modo esporádico, sendo possível que ocorra temporais e quedas de granizo. Outro aspecto esperado para o mês são ventos, especialmente na faixa litorânea.
É válido lembrar que, apesar de esperado, o La Niña não se concretizou até o momento, segundo a Climatempo, com base nos relatórios da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos. Para definição do fenômeno é preciso que as águas do Oceano Pacífico registrem, por três meses consecutivos, temperaturas abaixo de -0,5ºC. Atualmente, o que há é um viés de neutralidade com tendência de resfriamento do oceano.
Fonte: GZH
Comments