Líbano acusa Israel de rejeitar cessar-fogo após bombardeios em Beirute
- Guilbert Trendt
- 2 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

O primeiro-ministro do Líbano acusou Israel, nesta sexta-feira (1º), de rejeitar qualquer proposta de cessar-fogo, depois que o Exército israelense bombardeou alvos do Hezbollah em Beirute.
A agência nacional de notícias libanesa (NNA) relatou pelo menos dez bombardeios ao Sul da Capital, após Israel emitir avisos para que civis deixassem a região. Os ataques destruíram "dezenas de edifícios" poucas horas depois da visita de duas autoridades dos Estados Unidos a Israel.
Os diplomatas americanos Amos Hochstein e Brett McGurk chegaram a Israel nesta quinta-feira (31) para buscar uma solução para a guerra no Líbano. Além disso, os EUA querem avançar no sentido de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde Israel enfrenta o Hamas.
No Líbano, o primeiro-ministro Nayib Mikati criticou os ataques israelenses e o impasse nas negociações de trégua. Na terça-feira (30), ele havia afirmado que Israel e Líbano estavam perto de assinar um acordo para cessar-fogo.
"O prolongamento, mais uma vez, da agressão do inimigo israelense contra as regiões libanesas (...) e o fato de ter atacado mais uma vez os subúrbios do sul de Beirute com operações destrutivas, constituem indicadores que confirmam a sua rejeição de todos os esforços para conseguir um cessar-fogo", disse.
O Exército israelense afirmou que bombardeou alvos do Hezbollah em Beirute e em Nabatieh, no Sul do Líbano. A NNA relatou ataques nas regiões de Aley, a Leste de Beirute, e Bint Jbeil, no Sul.
A região de Baalbek, no Leste do país, também foi alvo de ataques, causando a morte de ao menos 10 pessoas, segundo as autoridades libanesas.
Os bombardeios também atingiram a cidade de Tiro, no Sul, onde um prédio em frente ao mar desabou, segundo um correspondente da AFP.
Jeanine Hennis Plasschaert, coordenadora especial da ONU para o Líbano, alertou sobre "o grande perigo" para cidades históricas como Baalbek e Tiro. Ambas são declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Fonte: g1
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