Morro da Borússia oferece esportes radicais, lazer e contemplação natural aos visitantes do Litoral Norte
- Start Comunicação
- 3 de jan.
- 3 min de leitura

Com acesso gratuito e uma vista deslumbrante de grande parte do Litoral Norte, o Morro da Borússia, localizado no município de Osório, oferece diversas atrações turísticas e gastronômicas a quem se aventura a subir seus 394 metros de altitude. Conhecido por seus dois saltos de voo livre e parapente, além do mirante e um museu que conta a história da colonização açoriana, alemã e italiana na região, logo abaixo, assim como algumas cascatas próximas, o morro é ladeado pela Mata Atlântica, e sua subida principal, a partir do início da BR-101, é asfaltada.
Mas a vocação do lugar vem se modificando ao longo dos tempos. Hoje, muito mais turistas preferem subir o local de carro, lotando facilmente a rampa principal, no sentido Sul, em busca de uma contemplação natural única, cuja visão se estende, em dias claros, por muitos quilômetros, sendo possível avistar à distância edifícios de Imbé e Tramandaí, por exemplo, além do vasto oceano. Já os saltadores preferem a chamada rampa nordeste, que fica em uma propriedade particular e não recebe tanta influência dos ventos contínuos.
A Prefeitura estima que 90% dos frequentadores são de fora de Osório, provenientes de outros locais do Rio Grande do Sul, do Brasil e até do exterior. O turismo esportivo também passou a ser importante para o morro, em razão de suas trilhas naturais e subidas íngremes desafiadoras aos ciclistas profissionais. Mecânico em São Pedro da Serra, no Vale do Caí, Fabiano Neis disse que pedalou 35 km desde Imbé até chegar ao alto da formação natural em cerca de 1h30 na manhã desta quinta-feira (2). Afirmou ainda que, nos últimos sete dias, fez o mesmo caminho três vezes.
“É uma subida cansativa, porém, quando se chega aqui em cima, é sempre uma visão diferente. A vista compensa bastante”, salientou ele, que estava com uma bicicleta do tipo speed, adaptada para alta velocidade no asfalto.
O conselheiro tutelar Luis Henrique Vilalba, morador do bairro Hípica, em Porto Alegre, estava acompanhado da esposa, a manicure Janaína Oliveira de Vilalba, e ambos disseram estar pela primeira vez na Borrússia. “Passamos a virada de ano aqui e estamos retornando para casa. Mas, antes, aproveitamos para dar uma passada aqui e conhecer, renovar as energias”, comentou ele.
Para o secretário municipal de Desenvolvimento e Turismo, Alexandre Ramos, a pavimentação e a iluminação foram fundamentais para garantir mais visitantes na área. “Antigamente, a subida aqui era de chão batido e cascalho. Em dias de chuva, muitas vezes a trafegabilidade ficava comprometida, e como não era iluminado à noite, as pessoas tinham medo de vir para cá. Além desse cuidado ambiental que precisamos ter, porque as pessoas precisam entender que o que temos de mais rico aqui é nossa natureza", afirmou o secretário.
A nova gestão municipal, segundo ele e seu secretário-adjunto, Claiton Rogério, pretende melhorar o asfaltamento de acessos vicinais e, futuramente, instalar um totem para mensurar o número de pessoas que frequentam o espaço, estimado, por ora, em duas mil por final de semana. “Osório passou a ser um um atrativo. A parte náutica também temos muito a crescer. Temos várias lagoas aqui aos nossos pés, a maior estrutura lagunar do mundo, porém não temos a real dimensão sem subir aqui em cima, né. Acho que temos que trabalhar no sentido de termos responsabilidade ambiental, para termos este equilíbrio com o desenvolvimento”, salientou Rogério.
Fonte: Correio do Povo
Comments