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MP gaúcho cria núcleo para monitorar e prevenir ataques extremistas por adolescentes e jovens

Imagem: Tiago Coutinho/ MPRS.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) lançou, nesta quarta-feira (9), o Núcleo Especializado em Prevenção à Violência Extrema, que envolve principalmente planejamento de ataques em escolas por adolescentes e jovens. 


O projeto começou há 10 meses, com o acompanhamento de jovens que davam indícios de que poderiam cometer atos extremistas. Sem divulgar quantidade de situações nem cidades em razão do sigilo envolvido, o MPRS afirma que neste período conseguiu mapear e evitar ataques. 


Um dos casos foi no interior do Estado, em que um adolescente que planejava um ato violento foi acompanhado junto da família para a rede de apoio antes que algum crime ocorresse.


Conforme o procurador de Justiça Fábio Costa Pereira, coordenador do recém-criado Núcleo Especializado de Prevenção à Violência Extrema, o monitoramento dos últimos 10 meses permitiu que as autoridades conseguissem traçar um perfil e sinais de potenciais riscos.


Perfil


  • Idades entre 10 e 26 anos;

  • Poucas relações sociais;

  • Vindos de famílias desestruturadas;

  • Vítimas de agressões em casa e bullying na escola;

  • Expostos à violência excessiva de jogos;

  • Com acesso fácil a conteúdos na internet sobre intolerância, grupos extremistas;

  • Alguns com acesso não supervisionado a armas.


"Ele não tem identidade, não tem propósito na vida, não tem sentido na vida. Quando ele ruma e toma o caminho da radicalização, ele vai buscar em alguma explicação extremista aquilo que lhe dê identidade, dê propósito e sentido. Ainda que deturpado, ele acaba se identificando e achando razão para o viver, muito embora esteja vinculado à violência", explica o procurador.


Além do perfil, o procurador destaca que alguns sinais devem acender um alerta entre pais e comunidade escolar, como mudança de comportamento, isolamento e a tentativa de impedir que os pais monitorem os conteúdos acessados.


"Um mau dia de um adolescente não quer dizer que ele está infletindo para o caminho da radicalização, é preciso que exista um contexto. Mas quais os sinais mais aparentes? Primeiro esse sentimento que o adolescente tem de não pertencimento, de marginalização, de exclusão e uma questão muito importante que a gente vê: o bullying é um dos maiores catalisadores", afirma Pereira.


Fonte: GZH

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