Foi inaugurado um novo pavilhão de trabalho na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) 1. No espaço tem 150 m² e já conta com 16 apenados, que atuam na confecção de embalagens de tecidos para calçados. Os detentos são remunerados por meio de termo de cooperação com uma empresa.
Na unidade prisional, que agora conta com três pavilhões ativos, 355 presos exercem atividades laborais, representando 63% dos recolhidos na unidade. Desses, 263 trabalham na manutenção, na limpeza ou na cozinha. Eles são beneficiadas pela remição da pena, sendo que 92 são pagos através de parcerias com cinco instituições privadas e um, através da Prefeitura de Canoas.
É o terceiro local de trabalho a entrar em operação na Pecan I. Em 2023, outros dois pavilhões foram ocupados por empresas parceiras. "Oportunidades de emprego proporcionam aos detentos a chance de adquirir novas habilidades, ganhar experiência profissional e desenvolver um senso de responsabilidade”, afirmou a diretora da Pecan 1, Camila Tomazetti.
Segundo a Polícia Penal, em todo o RS, são cerca de 250 termos de cooperação com empresas ou com o poder público. Os acordos garantem remuneração para 2 mil detentos.
Os apenados recebem, pelo menos, 75% do salário mínimo. Do valor, 20% são depositados em uma conta pecúlio, uma espécie de poupança que pode ser utilizada quando estiverem em liberdade.
Já os presos em ligas laborais, a cada três dias trabalhados, reduzem um no cumprimento da pena. Além disso, aproximadamente, 12 mil realizam alguma atividade de trabalho. O número representa um terço da população carcerária gaúcha.
“O trabalho prisional é um instrumento que oportuniza às pessoas privadas de liberdade uma nova perspectiva para o seu reingresso ao convívio social, qualificando-as para o mercado de trabalho. Além disso, tem impacto importante na segurança e na disciplina da unidade prisional, uma vez que essas pessoas ganham uma ocupação diária”, destacou o superintendente dos Serviços Penitenciários, Mateus Schwartz.
Fonte: Correio do Povo
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