O centrão de São Leopoldo vai ser o fator decisivo da eleição municipal de 2024

SÃO LEOPOLDO: os próximos 15 dias serão decisivos para uma visão quase definitiva sobre o resultado da eleição de 2024, que vai escolher o novo prefeito do município. Mesmo diante de um cenário tão claro, os pseudoarticuladores que bajulam e falam com os principais não estão vendo a realidade política de São Leopoldo.

A base governista está sem articulação e seus atuais porta-vozes perderam a credibilidade e até legitimidade nos corredores que encaminham alianças e acordos. A candidatura governista depende basicamente das movimentações do próprio prefeito Vanazzi que diante de tanta incompetência da maioria de seus próximos, tenta ele mesmo formar e consolidar as alianças que vão buscar a continuação de seu governo, agora na figura de Nelson Spolaor como candidato a prefeito como o escolhido do Partido dos Trabalhadores.

O frenesi político dos últimos dias é referente ao futuro político da Vereadora Iara Cardoso (PDT) que é importante sim, mas não tão decisivo como o rumo a ser tomado pelo centrão de São Leopoldo que tem como suas figuras principais, os vereadores Tarzan Correa, Marcelo Dentinho e Brasil Oliveira. Esses três vereadores precisam se reeleger e como sempre, serão pragmáticos no seu rumo político. Tarzan pode sim ficar no Republicanos ou até ir para um partido que hoje apoia Heliomar Franco, Marcelo Dentinho precisa achar uma legenda que viabilize sua reeleição e o lado da disputa pela majoritária não vai ser o determinante. Ou seja, se o campo de oposição oferecer alternativa melhor para sua reeleição, com certeza ele não vai pensar duas vezes em mudar de lado e assim ter mais chances de se reeleger. Já Brasil Oliveira, não está conseguindo fazer nominata para viabilizar suas reeleição e também reclama da falta de articulação do governo na questão de formação de chapas competitivas na eleição proporcional. O governo tem poucos dias para ajustar tantos interesses e principalmente segurar figuras políticas que são historicamente identificadas com o pragmatismo eleitoral e que sem qualquer receio ou sentimento de culpa, vão embarcar no navio que estiver mais próximo da maré mansa.

Os três campos políticos que pretendem disputar a eleição majoritária estão com o mesmo problema e deixaram para os últimos dias a questão de consolidação de partidos com viabilidade eleitoral. Muitas siglas e poucos nomes é a dificuldade a ser superada até o próximo dia 05 de abril, final do prazo da janela partidária.

Em relação as movimentações que definiram a ida de Claudio Giacomini, Daniel Daudt, Victor Eggers e por último o vereador Falcão Mello que abandonaram o PSDB e MDB, na prática, pouco muda no cenário até então desenhado. Eles só formalizaram de direito uma situação que já existia de fato. Ou seja, foram para onde já estavam e saíram de onde já não estavam.

O governo precisa mesmo é parar de bater cabeça e brigar entre sí e a partir disso dar uma tranquilidade para seus ainda aliados e assim evitar uma debandada. E isto, só vai ser feita tendo como figura principal na articulação, o prefeito José Ary Vanazzi que tem grandeza política para a tarefa mas sabe que seu entorno em muitos casos, mais atrapalha do que ajuda.

Já Heliomar Franco, não pode se emocionar com os movimentos "favoráveis" dos últimos dias porque sabe muito bem que a aliança precisa ser muito mais ampla do que os agora "novos" aliados e apoiadores. E o centrão, será seu objetivo nos próximos dias.

E por fim, Gabriel Dias e Arthur Schmidt agora vão navegar mais tranquilos já que não tem mais a preocupação com as dissidências que se confirmaram nos últimos dias e partir desta realidade, vão trabalhar intensamente na mensagem de que os extremos não são a solução para São Leopoldo. E quem sabe, agregar e acomodar o centrão leopoldense nas fileiras da terceira via leopoldense. Quem duvida, com certeza não tomou a água do Rio dos Sinos e sabe muito pouco sobre as movimentações que vão acontecer a partir de agora.

Da redação do www.startcomunicacaosl.com.br/ Por Bado Jacoby