
Onze membros de uma organização criminosa envolvida na morte de um detento dentro da Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan) 3, em novembro de 2024, foram transferidos para outro presídio, de maior segurança, onde devem ficar isolados.
De acordo com a Polícia Civil, que participou da operação de transferência com Brigada Militar, Polícia Penal e Instituto-Geral de Perícias, os presos transferidos são membros com poder de decisão na organização criminosa e têm envolvimento direto ou indireto com a maior parte dos homicídios que ocorreram nos últimos meses em Porto Alegre e Região Metropolitana.
O preso que foi morto era apontado como chefe de uma organização criminosa do RS. De acordo com o Comando de Policiamento Metropolitano, ele tinha ligação com 29 homicídios, que incluem decapitações e esquartejamentos, em que ele teria participação como mandante ou executor. A lista de antecedentes criminais do homem ainda incluía tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Dos 11 transferidos, 10 ficarão 60 dias no novo local, enquanto um ficará pelo prazo de 90 dias. Os nomes dos presos transferidos e o local onde eles devem ficar não foram divulgados pela polícia.
De acordo com a polícia, o objetivo da operação é interromper os homicídios promovidos pela organização criminosa. Se a medida não tiver o efeito esperado, eles podem ser transferidos para presídios federais.
Relembre o caso
Apontado como chefe de uma organização criminosa do Estado, a vítima foi baleada na ala de triagem por um detento de um grupo rival e morreu horas depois.
Conforme a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo, a suspeita é de que a arma que matou o homem tenha ingressado no presídio através de um drone. Na madrugada anterior ao episódio, houve registro de sobrevoo na região. A arma utilizada no ataque dentro da cadeia, uma pistola 9 milímetros, foi apreendida.
Em uma carta escrita à mão um dia antes de ser morto, o preso pediu transferência do local temendo "alguma falha na segurança". A existência do documento foi confirmada pelo governo do Estado. Cinco servidores foram afastados, incluindo o funcionário que recebeu o pedido e o diretor da penitenciária.
Fonte: g1
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