Uma quadrilha foi alvo da 5ª fase da Operação Illusio, deflagrada na manhã desta terça-feira (4), em três cidades da Região Metropolitana. De acordo com a Polícia Civil, o bando aplicou o golpe conhecido como conto do bilhete premiado em uma mulher de 60 anos, moradora de Canoas, que teve prejuízo superior a R$ 170 mil. Seis pessoas foram presas.
Sob comando da delegada Luciane Bertoletti, titular da 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas, os agentes cumpriram 34 medidas cautelares, entre mandados de busca e apreensão e ordens de prisão temporária, em Cachoeirinha, Gravataí e Sapucaia do Sul. Também foram efetuados bloqueios de contas bancárias e sequestro de bens móveis dos investigados.
A vítima do esquema trabalha como costureira. Há aproximadamente dois meses, quando caminhava em uma rua, ela foi abordada por suspeitos que pediram valores como garantia para retirada do prêmio de um bilhete supostamente sorteado. A mulher foi lesada em R$ 172 mil.
Segundo Luciane, integrantes da quadrilha pulverizaram o dinheiro da idosa em diferentes contas bancárias. A maior parte do montante foi destinado a casas de câmbio, onde houve a compra de dólares em espécie.
Ainda conforme a titular da 3ª DP de Canoas, mesmo após a vítima ter sido abordada na rua, ela ainda manteve a transferência de valores aos criminosos ao longo de semanas. Isso ocorreu porque os golpistas conseguiram sustentar a farsa por meio de contatos telefônicos.
"A vítima continuou sendo ludibriada através do telefone, sendo convencida a transferir ainda mais valores a contas indicadas por golpistas. Ela só percebeu que havia sido enganada semanas após ter sofrido o golpe”, afirmou a delegada.
Pelo menos nove pessoas são suspeitas de envolvimento no esquema. Se indiciadas, elas vão responder por estelionato e associação criminosa.
Entenda o golpe do bilhete premiado
A Polícia Civil alerta que o conto do bilhete premiado é um golpe aplicado em diferentes etapas. A primeira fase acontece quando a vítima é abordada na rua por uma pessoa mal vestida, que finge ser de origem humilde e pede informações sobre o endereço que consta em um bilhete.
Surge então outra pessoa, em geral bem vestida, que alega ter ouvido a conversa e se propõe a ajudar. Na terceira parte da farsa, é contatado um suposto gerente da Caixa Econômica Federal, que informa que o bilhete tem números sorteados e garante um prêmio.
Após orientações para a retirada da falsa gratificação, os golpistas prometem repassar à vítima uma parte da recompensa, mas pedem em troca uma “garantia”. A vítima, imersa na história contada pelos criminosos, costuma transferir valores a uma conta ou sacar dinheiro em notas. Ocorre, entretanto, que o montante prometido a ela nunca é entregue.
Fonte: Correio do Povo
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