O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (26), R$ 41,7 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Do total, o Rio Grande do Sul irá receber R$ 6,5 bilhões para obras de drenagem, já que, entre abril e maio, o Estado foi atingido por enchentes, que deixaram 182 mortos.
Segundo o Palácio do Planalto, os recursos servem para a "melhoria da infraestrutura de drenagem urbana, visando a redução do risco de alagamentos, enchentes e inundações urbanas e ribeirinhas em municípios críticos".
"Tudo, 100% daquilo que foi apresentado pelos estados e pelos municípios do Rio Grande do Sul, na área de prevenção, 100% foi atendido na seleção do PAC", disse o ministro das Cidades, Jáder Filho (MDB).
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), afirmou que R$ 2 bilhões serão utilizados em obras em bombas e diques.
"[Serão] R$ 2 bilhões para recuperar, reequipar e para readequar os equipamentos de proteção que existiam e não estavam funcionando como bombas, diques. Se estivessem funcionando, metade ou parte daquele desastre não teria acontecido", disse o ministro.
As bombas são equipamentos elétricos capazes de drenar a água da cidade. Essas estruturas bombeiam para fora a água da chuva que toma as redes de esgotos, evitando alagamentos.
Já os diques são elevações de terra, que servem como "muros" para impedir que a água dos rios entre na cidade. Em Porto Alegre, essas estruturas ficam em estradas, como a BR-290 (Freeway), e as avenidas Castelo Branco e Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio). Na Zona Norte da capital, um dique rompeu, inundando o bairro Sarandi.
Os diques, no entanto, podem provocar alguns problemas, como em Canoas. Na cidade, a água passou pela altura desses "muros" de terra e alagou diversos bairros. Contudo, a água não conseguiu voltar para o curso normal, por conta da barreira, o que manteve essas áreas inundadas.
Os detalhes do projeto do PAC para o RS serão apresentados na próxima terça-feira (30) no Estado.
Fonte: g1
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