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Peixes mortos surgem no Rio Gravataí em meio à seca na Região Metropolitana


Imagem: Camila Cunha/ Correio do Povo.
Imagem: Camila Cunha/ Correio do Povo.

A seca vem assolando duramente o rio Gravataí, na Região Metropolitana, e os reflexos disto podem já ser vistos também na fauna local. Nos banhados próximos ao bairro Parque dos Anjos, no município de Gravataí, peixes mortos são visíveis na margem, acompanhados de um forte odor. Há locais em que a água está de cor verde brilhante. Áreas imensas onde antes havia água em abundância agora apresentam apenas um solo rachado e morto.


Um estreito riacho é tudo o que restou do largo curso d’água, enquanto pássaros revoam pelo local em busca de alimento. A captação para usos que não sejam para consumo humano foi suspensa nesta sexta-feira pelo terceiro dia seguido, conforme os gatilhos estabelecidos pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), com o nível do Gravataí considerado crítico.


Não distante dali, alguns membros da Sociedade de Caça e Pesca de Gravataí, que tem por volta de 300 sócios, relatam apreensão. “Nunca vi uma seca como essa”, diz o veterano pescador Carlos Generoso, há 40 anos na função, e morador de Morungava. “(A profundidade do canal) deveria estar, pelo menos, com uns três metros, mas há lugares em que está meio metro, e outros em que não há um palmo. É assustador, e impacta tudo”, comentou ele, enquanto chegava pelo rio com mais um grupo de amigos de uma pescaria iniciada dias antes em uma área mais alta do rio.


Neste ponto, dizem eles, o banho não é recomendado, em razão da poluição e da turbidez da água, que, reforça-se, não é o local onde ela é coletada pela Corsan para o consumo humano. Também pescador, Luiz Fernando Ferreira diz que não é incomum o rio estar com esta profundidade neste período do ano. De acordo com ele, as águas do Guaíba com frequência chegam a entrar e subir pelo Gravataí até o local. “No inverno elas sobem bem mais. Até agora a seca não prejudicou tanto as atividades, mas também porque sou pescador esportivo, não utilizo a pescaria para minha subsistência”, salientou ele.


Há diversas réguas da Rede Hidrometeorológica Nacional da Agência Nacional de Águas (ANA), indicando que o monitoramento é realizado e o local é utilizado como parâmetro para as medições do nível oficial. Na manhã desta sexta-feira, o nível ali estava abaixo de 1,50 metro. E conforme o boletim especial de estiagem da Sema, a cota na Estação de Tratamento de Água (ETA) Alvorada era de 1,24 metro, enquanto no Passo dos Negros, também em Gravataí, 63 centímetros. Em outros cursos d’água da Região Metropolitana, as quedas nos níveis também são consistentes nos últimos dias.


No Rio dos Sinos, a cota da Corsan em Campo Bom se manteve estável em 1,14 metro nesta sexta, 1,40 metro tanto em São Leopoldo quanto em Novo Hamburgo, da mesma maneira suspendendo, pelo segundo dia seguido, as captações de água para uso de atividades relacionadas à irrigação. O Guaíba, após elevar-se cerca de 20 centímetros depois dos efeitos da chuva de quinta-feira, na sexta voltou a cair na mesma proporção, atingindo a marca de 1,47 metro na régua da Usina do Gasômetro, no Centro Histórico.


Fonte: Correio do Povo

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