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Pequenos empreendedores foram os mais afetados, diz Vanazzi sobre impactos econômicos da enchente

Foto do escritor: Guilbert TrendtGuilbert Trendt
Imagem: Mateus Bruxel/ Agência RBS.

O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, falou ao Programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta segunda-feira (3), sobre os alagamentos no município e os impactos para a economia do município e região. Os maiores prejudicados são os pequenos empreendedores das áreas de serviços e comércios, segundo Vanazzi, que ressaltou o prejuízo do fechamento do Aeroporto Salgado Filho para as exportações.


"O reflexo da nossa economia é o reflexo da economia do Estado. Nós vamos ficar 30, 60, 90 dias sem aeroporto. Isso é um absurdo para uma economia como a nossa, que precisa de um aeroporto para exportar, para se comunicar", lamentou.


São Leopoldo é cortada pelo Rio dos Sinos e possui diques nos dois lados para evitar inundações. Mesmo com a proteção, a água passou por cima da estrutura e rompeu parte durante a cheia.


"A água veio pela cidade adentro. Ocupou a mesma bacia que historicamente ocupava. O que protege a cidade de São Leopoldo desde 1976 são os diques. Nós somos a única cidade do Estado do Rio Grande do Sul que tem diques dos dois lados. São 20 quilômetros de diques construídos em 20 anos na nossa cidade", afirmou o prefeito.


Vanazzi citou também um projeto de elevação dos diques em 1,5m, que também prevê o alargamento das estruturas e a reformulação de todas as casas de bombas. O plano, segundo o prefeito, já foi apresentado para o ministro da Casa Civil, Rui Costa.


"É uma oportunidade também de acertar um pouco entre município, Estado e União essa discussão para construir alternativas que protejam a questão ambiental, os rios, principalmente os rios aqui na Grande Porto Alegre", ressaltou.


São Leopoldo levou oito dias para retirar a água das cheias. O trabalho foi realizado com seis bombas anfíbias, com capacidade de sucção de 3,3 litros por segundo. Os aparelhos foram alugados da Higra por 30 dias e agora foram emprestados para Porto Alegre e Canoas.


"Todo o nosso sistema de drenagem aqui colapsou porque ficou embaixo da água. Do Centro nós recuperamos dois dias depois, porque a gente conseguiu tirar, secar e botar a funcionamento. A mesma coisa, abastecimento de água, dois dias depois tinha água já para grande parte da população", finalizou.


Fonte: GZH

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