A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11) uma nova fase da operação Última Milha, que, desde 2023, investiga o possível uso ilegal de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar autoridades e desafetos políticos no governo Jair Bolsonaro.
De acordo com as investigações, o grupo usou sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial.
Segundo a PF, nesta fase, os policiais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em Brasília (DF), Curitiba (PR), Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Isso, porque a operação Última Milha começou a partir das investigações do inquérito das fake news.
De acordo com a PF, investigadores descobriram que "membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas".
"A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos", diz a PF.
Se as condutas forem confirmadas, os investigados podem ser indiciados pela Polícia Federal e, em seguida, denunciados à Justiça.
A PF vê, de forma preliminar, possíveis crimes de:
Organização criminosa;
Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito;
Interceptação clandestina de comunicações;
Invasão de dispositivo informático alheio.
Fonte: g1
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