Polícia está na fase final de investigação sobre o que levou advogada Alessandra Dellatorre à morte
- Start Comunicação
- 27 de ago. de 2024
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A Polícia Civil tem reunido elementos para apresentar uma resposta final sobre a morte da advogada Alessandra Dellatorre, de 29 anos, que sumiu em julho de 2022, em São Leopoldo, e teve os restos mortais localizados há cerca de dois meses. O desaparecimento gerou mobilização ao longo dos últimos dois anos, até a confirmação do desfecho, por meio da análise de uma ossada localizada em Sapucaia do Sul, em área militar.
Alessandra saiu da casa da família, no bairro Cristo Rei, na cidade do Vale do Sinos, para fazer uma caminhada na tarde de 16 de julho de 2022. Ela tinha o hábito de se exercitar. No entanto, naquele dia desviou o trajeto e andou na direção de uma região de mata. Depois disso, foi flagrada por algumas câmeras de segurança e sumiu. Buscas foram realizadas no local, em outras cidades e fora do Estado, sem resposta sobre o paradeiro dela.
Em junho, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável por apurar o caso, confirmou que uma ossada encontrada cerca de duas semanas antes era da advogada. A análise inicial dos restos mortais levou tanto a polícia como a perícia a afirmarem que não havia sinais de que ela tenha sofrido alguma violência. Isso com base em avaliações sobre a posição onde estava, e o fato de que não havia ossos quebrados ou trincados, por exemplo.
Com a localização da ossada, uma nova investigação foi aberta para concluir como se deu a morte. É nisso que a equipe trabalha neste momento. Ao longo dos últimos meses, foram reunidas perícias, como a análise da arcada dentária e exame antropológico, que levaram à identificação de Alessandra, o último por meio das próteses mamárias.
A polícia pediu ainda outros exames, como a verificação da presença ou não de sêmen, que pudesse indicar para algum crime sexual, bem como de sangue humano, nas roupas encontradas. Essa análise não constatou nenhum deles nas vestes. Sobre a causa da morte de Alessandra, a perícia não conseguiu identificar, em razão do tempo transcorrido e do estado em que já se encontrava a ossada.
Testemunhas
Além dos exames periciais, segundo a Polícia Civil, foram reinquiridas testemunhas da época dos fatos, e ouvidas outras pessoas sobre o desaparecimento da advogada. O intuito é compreender as circunstâncias na qual se deu o sumiço de Alessandra, que acabou resultando em sua morte.
A área onde ela foi localizada fica no perímetro onde foram realizadas buscas na época. Policiais chegaram a fazer uma varredura em matagais, inclusive com o auxílio de bombeiros e cães farejadores, mas nada foi localizado. Uma testemunha viu Alessandra passar caminhando em direção ao mato, onde ela acabaria encontrada. Conforme a polícia, trata-se de área densa em alguns pontos. O corpo foi localizado durante a limpeza do terreno.
Até o momento, segundo a polícia, a investigação aponta para a ausência de qualquer violência. O corpo da advogada não havia sido enterrado e não foram encontrados sinais de que houvesse uma cova no local. O levantamento indica que, embora tenha sido encontrada a ossada, em razão do tempo transcorrido, ela estaria vestindo a roupa quando morreu.
Neste cenário, ainda são investigadas diferentes hipóteses para a morte da advogada, como causas naturais ou mesmo suicídio. Ainda que não tenham sido encontrados sinais de violência até o momento, a polícia afirma que a investigação segue em andamento e que não descarta nenhuma possibilidade.
A expectativa da Polícia Civil, segundo o Departamento de Comunicação Social da instituição, é cruzar todas essas informações, finalizar algumas diligências em andamento e concluir a investigação em até 30 dias.
Fonte: GZH
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