Preso desde quinta-feira pelo nível baixo do Guaíba, navio desencalha no Canal do Itapuã
- Start Comunicação
- 4 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

O navio Mount Taranaki foi desencalhado por rebocadores no início da tarde deste domingo (3). A embarcação estava presa no Canal do Itapuã, em Viamão, desde a última quinta-feira (31), em função do baixo nível do Lago Guaíba no local.
Segundo o prático Geraldo Almeida, especialista em navegação na região, o Mount Taranaki ficará circulando pela Lagoa dos Patos, enquanto aguarda o nível do Guaíba subir nos próximos dias para seguir viagem até Porto Alegre.
O navio Mount Taranaki, que tem 175 metros de comprimento e 29 metros de largura, vinha da Argentina com carga de cevada cervejeira.
O nível do Guaíba no Canal do Itapuã estava em 0,85 metro na tarde desse domingo e só deve superar a marca de 1 metro ao longo da semana. Ainda conforme Almeida, a situação travou a navegação na região, prejudicando a atividade econômica gaúcha. Um exemplo é o caso do navio com bandeira do Panamá, Inoi, que já descarregou sua carga de fertilizantes e segue atualmente parado na estrutura portuária de Porto Alegre.
Outro, o Eva Shanghai, também panamenho, está fundeado no mesmo canal, aguardando a liberação para subir. Enquanto isso, um terceiro navio não saiu do Porto de Rio Grande. De acordo com Almeida, nesta semana está prevista a chegada de mais três graneleiros, dois com carga de cevada e outro de fertilizantes.
“Estes navios começam a desistir do Porto de Porto Alegre. É inviável comercialmente [ situação] desta forma”, salientou Almeida. Devido às enchentes catastróficas de maio, que trouxeram sedimentos de outros locais, a dragagem tornou-se imperativa e urgente, na opinião dele, e ações de desassoreamento anteriores não fazem mais efeito.
Questionado sobre a tripulação do Mount Taranaki, o profissional disse acreditar que está bem. “Geralmente, estes navios têm provisões para cerca de dois meses, e caso haja necessidade, uma lancha leva mais alimentos”, comentou Almeida.
Fonte: Correio do Povo
Comments