Moradores do Litoral Norte protestaram, neste sábado (31), contra a nova tubulação da Corsan que levará esgoto tratado ao Rio Tramandaí. O ato ocorreu na ponte que liga Tramandaí e Imbé, com manifestantes erguendo placas e cartazes sobre riscos de contaminação e exigindo a paralisação imediata da obra . A companhia, por sua vez, garante que o lançamento no final da rede será do esgoto já tratado, o que não ofereceria perigo ao meio ambiente.
O ato foi organizado pelo Movimento Unificado em Defesa do Litoral Norte Gaúcho. O grupo alega que a obra, que foi autorizada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), está em desacordo com as diretrizes ambientais que proíbem o lançamento de esgoto no sistema lagunar.
De acordo com o vice-presidente da Associação Comunitária de Imbé-Braço Morto (ACIBM), Alvaro Nicotti, que compõe o movimento, a construção não tem um Estudo de Impacto Ambiental nem consulta às comunidades locais, incluindo indígenas, quilombolas, pescadores e os 16 municípios que compõem a bacia hidrográfica do Rio Tramandaí. Ele defende a implementação de alternativas, como a construção de emissários submarinos longos para despejar os efluentes tratados em alto-mar, longe da costa.
"Claro que a gente precisa de saneamento básico, mas a questão é que não houve uma consulta pública sobre isso. Pelos estudos de dezenas de pesquisadores, teremos problemas sérios”, disse o vice-presidente da ACIBM.
Em nota, a Corsan destacou que compõe a ampliação do sistema de esgotamento sanitário do Litoral Norte, está licenciada e atende a todas normativas previstas pelas leis ambientais. A definição do local de lançamento, diz o comunicado, está embasada em estudos técnicos para garantir o desenvolvimento sustentável e econômico da região e tem o licenciamento da Fepam.
A Corsan adiciona que o processo de tratamento do esgoto doméstico da companhia é eficiente e compreende seis etapas que começam pelo gradeamento que separa resíduos sólidos, depois, vêm as fases de decomposição da matéria orgânica por bactérias anaeróbicas, filtragem, decantação e a desinfecção, que elimina bactérias, vírus e parasitas. A empresa diz que o efluente tratado proveniente desse processo tem total eficiência, atendendo os parâmetros previstos em lei, devolvendo ao meio ambiente uma água límpida, preservando o ecossistema da região.
Na obra, diz o texto, já foram implantados 7 km de tubulação e finalizadas as travessias pelo método não destrutivo no entorno da Estrada do Mar. A Corsan afirma que o Sistema de Esgotamento Sanitário é uma das prioridades do plano de investimentos, desenhado para o litoral Norte pelo Grupo Aegea. A previsão é que mais de R$ 550 milhões sejam investidos em programas de modernização de sistemas e equipamentos no tratamento de esgoto, resiliência hídrica, combate à falta d'água e redução de perdas, com previsão de R$ 84 milhões já para este ano de 2024.
Leia na íntegra a nota da Corsan
"A Corsan esclarece que a obra do emissário de Xangri-Lá, que compõe a ampliação do sistema de esgotamento sanitário do Litoral Norte, está licenciada e atende a todas normativas previstas pelas leis ambientais. A definição do local de lançamento está embasada em estudos técnicos para garantir o desenvolvimento sustentável e econômico da região e tem o licenciamento da Fepam.
O processo de tratamento do esgoto doméstico da Companhia é eficiente e compreende seis etapas que começam pelo gradeamento que separa resíduos sólidos, depois, vêm as fases de decomposição da matéria orgânica por bactérias anaeróbicas, filtragem, decantação e a desinfecção, que elimina bactérias, vírus e parasitas. O efluente tratado proveniente desse processo tem total eficiência, atendendo os parâmetros previstos em lei, devolvendo ao meio ambiente uma água límpida, preservando o ecossistema da região.
Na obra do emissário já foram implantados sete quilômetros de tubulação, finalizadas as travessias pelo método não destrutivo no entorno da Estrada do Mar e o seu cronograma segue sendo cumprido. O Sistema de Esgotamento Sanitário é uma das prioridades do plano de investimentos, desenhado para o Litoral Norte do Estado, pelo novo controlador da Corsan, o Grupo Aegea. A previsão é que mais de R$ 550 milhões sejam investidos em programas de modernização de sistemas e equipamentos no tratamento de esgoto, resiliência hídrica, combate à falta d'água e redução de perdas, com previsão de R$ 84 milhões já para este ano de 2024, impactando a qualidade de vida de moradores e veranistas".
Fonte: Correio do Povo
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