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Reabertura do Museu Visconde de São Leopoldo celebra 200 anos da Imigração Alemã com histórias de superação e solidariedade


Imagem: Guilbert Trendt/ Start Comunicação

Nesta quarta-feira (24), o Programa Start News,recebeu Ingrid Marxen, diretora de Relações Institucionais do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo. Ingrid nos trouxe detalhes emocionantes sobre a reabertura do museu, marcada para coincidir com as celebrações do Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil.


Ingrid começou explicando a estrutura de voluntariado que sustenta o museu. "Temos 39 voluntários, começando pelo presidente. Nós temos duas funcionárias, e mais dois agora que estão através de projeto. Então, esses estão sempre lá, ou alguns, através do projeto, têm horários, às vezes sim, às vezes não, são 20 horas por semana. Mas os voluntários também. Tem voluntário que faz uma coisa bem específica, que faz uma hora, ou duas, ou três por mês. Eu, no mês de junho, fiz 94 [horas]. Porque eu estou lá sempre que posso, todas as manhãs e todas as tardes limpando o acervo que ficou dentro da água suja", contou sobre a rotina do espaço.


Com a enchente histórica de maio, algumas peças do acervo do museu acabaram sendo danificados, o que representa um impacto financeiro para a instrução. "Nós tivemos um prejuízo calculado ao redor de R$ 500 mil. Tanto do piano, que foi a maior peça que não tem conserto, mas pode até restaurar e colocar de pé, só que não vai mais tocar. Custaria R$ 150 mil para colocar ele de pé, o que não vale a pena. Como essa é a maior peça, nós vamos deixar ela, digamos, como o monumento à memória da enchente", contou Ingrid.


O museu, sendo uma instituição privada, depende fortemente de mantenedores e voluntários. A diretora de Relações Institucionais destacou a importância do acervo. "É o maior acervo do Brasil de imigração alemã. As pessoas vêm e trazem os seus objetos queridos para deixar no museu. Não é aquele depósito, simplesmente. Qualquer coisa que passe hoje pela porta vai ser registrado, vai estar no nosso programa de museologia. Nós temos mais ou menos 10 mil objetos registrados, e nós temos peças que são únicas", garantiu ela.


Ingrid relatou ainda a dedicação na preservação do acervo: "Eu estou agora lavando as letras que são da impressora da gráfica Rotermund. Eu tinha três caixas de papelão do meu lado, um balde com água e sabão, um balde com água para enxaguar. Então bota dez letras ali, deixa de molho, vai tomar o chimarrão, volta e limpa. Aí enxagua, põe em cima de panos", explicou sobre o processo de recuperação do acervo.


Ela também comentou sobre as estratégias para angariar fundos para restaurações. "Nós já colocamos nas nossas mídias, estão as peças que são liberadas para adoção – que consiste em doar um valor para pagar a restauração. Qualquer um pode doar qualquer valor, porque poucas pessoas vão querer adotar um objeto inteiro de R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 15 mil", disse Ingrid.


Um dos pontos altos da entrevista foi a história emocionante da bíblia de 1765. "Na sexta-feira, no dia 3 de maio, deu a hora da nossa funcionária ir embora, ela parou na porta, e eu digo agora que foi o Espírito Santo que baixou nela. E ela lembrou da bíblia. Nada é por acaso. E não tinha água na rua ainda. Nada. Era só chuva. Ela pegou a bíblia e levou lá para cima. Impressionante. Porque o livro dos registros do Hillebrand, que também está ali embaixo, esse ficou. E como ele está dentro de uma vitrine, ele levantou e grudou no vidro que cobre", contou a diretora sobre esse fato curioso.


Ela também destacou a importância da solidariedade. "Essa é a palavra-chave dessa época que nós vivemos agora: solidariedade. Porque se você tem um machado e eu tenho um serrote, se você precisar do meu serrote, eu te empresto e você me empresta o seu machado. Exatamente. Por isso nós estamos chamando 200 anos de solidariedade, o evento lá no museu", elencou.


Por fim, Ingrid convidou a comunidade a participar das comemorações: "Não deixem de vir, é aberto, são os 200 anos da solidariedade. O museu, no ano passado, recebeu 3 mil pessoas. Nós temos como objetivo, de amanhã, passar no mínimo uma pessoa a mais. E vai estar todo mundo registrado quem chega lá no museu", garantiu ela.


O Museu Histórico Visconde de São Leopoldo está pronto para receber visitantes novamente, celebrando não apenas a história, mas também a união e a solidariedade que marcaram esses 200 anos de Imigração Alemã no Brasil.


A gravação completa do Programa Start News está disponível nos canais da TV Start News no YouTube e Facebook, e tem reprise nesta quarta-feira (24), às 20h10, na radiostart.com.br. 


Confira a entrevista completa:

Amanda Wolff, da Redação Start

 
 
 

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