top of page
Buscar

RS tem queda no número de homicídios e feminicídios em março

Imagem: Gabriel Centeno/ Governo do RS.

Os casos de homicídios e feminicídios tiveram queda no Rio Grande do Sul no mês de março deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023. Os registros por latrocínio (roubo com morte) se mantiveram. Outros tipos de crimes, como de roubos de veículo e abigeato, também apresentam baixa nos períodos.


Os dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (4) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).


Em relação aos homicídios, foram 103 registros em março deste ano, uma queda de 40% na comparação com o mesmo mês de 2023, que teve 172 casos.


É o segundo mês consecutivo em que o Rio Grande do Sul apresenta queda de homicídios – em fevereiro deste ano, foram registrados 151 assassinatos, enquanto no mesmo período de 2023 haviam sido 163 vítimas, uma redução de 7%.


Conforme a SSP, o índice alcançado em março é o menor em comparação com qualquer outro mês desde o início da série histórica, em 2010.


O titular da secretaria, Sandro Caron, destacou o compromisso das instituições vinculadas à pasta para "reduzir cada vez mais os indicadores de criminalidade".


"As ações integradas entre a Brigada Militar e a Polícia Civil têm sido essenciais para a queda dos crimes no Estado. Destaco o trabalho de cada homem e mulher da segurança pública para os resultados que estamos obtendo e reforço que vamos apertar ainda mais o cerco contra o crime organizado para ampliar a redução", disse em material divulgado pelo governo.


A diminuição dos homicídios em março resultou na redução do acumulado do ano. O primeiro trimestre de 2024 teve 52 casos a menos do que o mesmo período de 2023, uma queda de 10%.


O chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, afirma que mais de 80% dos homicídios no Estado têm ligação com o tráfico de drogas ou ocorre em razão de disputas entre facções criminosas.


"A maioria desses assassinatos ocorre nesses conflitos. Quando você mostra que esses grupos criminosos vão sofrer prejuízos, vão ser responsabilizados, caso cometam ou ordenem assassinatos, eles começam a puxar o freio de mão. E temos buscado responsabilizar não somente os executores, mas mandantes dos crimes", diz Sodré.


Latrocínio em queda


Os registros de latrocínio se mantiveram iguais: foram seis casos registrados tanto em março de 2023 quanto de 2024. No trimestre, o índice de roubo com morte teve redução de 31%. Eram 16 casos em 2023 e foram 11 em 2024.


No entanto, na comparação com fevereiro deste ano, que não teve nenhum registro deste crime, março apresenta aumento. O secretário Caron afirma que as polícias gaúchas atuam para reduzir o número e que o combate aos crimes contra o patrimônio, como no caso dos roubos, é uma das prioridades de sua gestão.


"Se o roubo não for reprimido, a situação pode evoluir para um latrocínio. E diminuímos os casos de roubo a pedestre, de veículo, a transporte coletivo. Com os latrocínios, temos total preocupação e por isso colocamos tanta energia nos trabalhos que visam prender assaltantes", disse Caron.


Violência contra a mulher


Os casos de feminicídio (quando mulheres são mortas em contexto de gênero) tiveram retração de 70% em março de 2024. Em 2023, o período teve 10 casos de assassinatos de mulheres, e neste ano foram três.


Segundo o governo do Estado, nenhuma das vítimas mortas em março deste ano tinha medida protetiva de urgência (MPU). No trimestre, o crime aponta redução de 19%, comparando os 26 registros de 2023 com as 21 ocorrências em 2024.


O chefe da Polícia Civil, delegado Sodré, avalia que a queda é resultado da "união de estratégias" das forças de segurança no combate a violência contra a mulher.


"Nós ampliamos canais de acesso à polícia, como com a Delegacia Online da Mulher, que tem mais de 2 mil ocorrências registradas, mostrando que serve para ajudar as mulheres a denunciarem seus agressores. Temos também o programa de monitoramento de agressores, por meio de tornozeleira eletrônica. Nós sabemos que o crime de violência contra a mulher tem uma dinâmica diferente, em que a polícia tem menos capacidade de interferir, porque ocorre dentro das casas. Então, temos estratégias para ajudar essas vítimas a procurarem as polícias", explicou.


Reduções de crimes patrimoniais


O governo afirma que uma das prioridades das forças de segurança é reduzir crimes patrimoniais no Estado, já que "roubos e furtos impactam diretamente a sensação de segurança e a qualidade de vida da população", diz a SSP no material divulgado.


No caso de roubo a pedestres, houve queda consecutiva pela sétima vez. Os 1.411 casos computados representam uma redução de 44% em comparação com março de 2023.


Os roubos de veículo tiveram o menor total para qualquer mês já registrado desde 2010. Foram 211 casos contabilizados em março de 2024, uma redução de 48% em relação ao mesmo mês de 2023. O trimestre também encerrou em queda. Enquanto, em 2023, mais de mil veículos foram roubados, no primeiro trimestre de 2024, foram 759 registros, uma queda de 37%.


As ocorrências em estabelecimentos comerciais e no transporte coletivo também tiveram redução no mês de março, no Estado. A diminuição de ocorrências no comércio foi de 29%. No transporte público, a queda foi mais expressiva (66%).


Crimes no campo


Tanto o mês de março quanto o primeiro trimestre encerraram com quedas em relação aos crimes de abigeato, que abrangem os furtos cometidos no campo. No mês, a redução foi de 29%. Desde janeiro, esse tipo de crime acumula queda de 26,5%.


Nos últimos anos, foram criadas as Delegacias de Polícia Especializadas na Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato (Decrab), que atualmente contam com quatro unidades regionais no Estado, além da Delegacia de Polícia On-line do Agro (Agrodol). A Brigada Militar tem atuação permanente de policiamento e gestão nas áreas rurais e de fronteira.


Fonte: GZH

0 comentário

Comments


banner-werle.png
Caixinha de perguntas Start.png
bottom of page