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São Leopoldo apresenta diagnóstico de 60 dias após enchente histórica

Foto do escritor: Guilbert TrendtGuilbert Trendt

Imagem: Thales Ferreira/ PMSL.

O assessor especial do Gabinete do prefeito de São Leopoldo, Nelson Spolaor, apresentou, nesta sexta-feira (5), o diagnóstico das ações de enfrentamento à maior tragédia climática da história cidade, ocorrida em maio. No encontro, Spolaor também expôs os projetos que estão em andamento e o que está sendo planejado pela prefeitura para a reconstrução da cidade na área da habitação, na recuperação da economia, infraestrutura e mobilidade, mudanças climáticas e novos eventos extremos e segurança do sistema de proteção das cheias.


O volume recorde de chuvas que superou os diques pela primeira vez desde a construção do sistema impactou diretamente mais de 180 mil pessoas, deixou 100 mil desabrigadas, bairros inteiros inundados e comprometeu o abastecimento de água, exigindo reações imediatas do Poder Público em diversas frentes. Superado esse período, a cidade entrou na fase da reconstrução.

O prefeito Ary Vanazzi, após ouvir a apresentação do diagnóstico, enfatizou que, apesar do impacto da tragédia e dos enormes desafios que a cidade tem pela frente para se reconstruir, o resultado dessa experiência trágica deverá ser elemento de força, coragem e energia para a reconstrução da cidade. “Somos uma cidade que saltou da décima segunda para a sétima maior economia do Estado, temos enormes desafios pela frente, e eu tenho certeza de que essas propostas colocadas neste relatório são o caminho mais correto para que a gente possa fazer a cidade superar este período, voltar a crescer e virar a quarta economia deste Estado nos próximos anos”, disse o prefeito Ary Vanazzi.

Com a estruturação de 130 alojamentos em diversos pontos da cidade, mais de 20 mil pessoas foram acolhidas e cuidadas até que pudessem, gradativamente, começar a voltar para suas casas. Onze municípios da região também receberam leopoldenses. Atualmente, 645 seguem alojadas, em cinco espaços ainda ativos.


Uma obra emergencial concluída em apenas seis dias, recuperou o dique nos dois pontos em que a estrutura foi danificada – a Casa de Bombas da João Corrêa e a Casa de Bombas da Santo Afonso/vila Brás. Com o auxílio de bombas extras da empresa leopoldense Higra e a retomada das Casas de Bombas, São Leopoldo foi a primeira cidade da região a secar seu território. Com 300 máquinas e mais de mil trabalhadores, uma grande força-tarefa finalizou ainda no mês de junho a primeira fase da limpeza da cidade, com o recolhimento de mais de 300 mil toneladas de resíduos extradomiciliares.

Na área da Saúde, 14 unidades foram atingidas e agora passam por reforma, reestruturação e aquisição de novos equipamentos. Segundo levantamento da Secretaria da Saúde, serão necessários aproximadamente R$ 17 milhões para essa reconstrução. Já a Secretaria da Educação estima que R$ 100 milhões devam ser investidos na reconstrução das 18 escolas municipais atingidas.


Recursos emergenciais para os atingidos

Os governos federal e estadual disponibilizaram programas de transferência de renda para a população na mancha de inundação da enchente. São eles: o Volta Por Cima e o PIX SOS, do governo do Estado, destinados a famílias que estejam inscritas no CadÚnico. Juntos,. Juntos, os dois programas pagaram R$ 18,5 milhões a 7.953 famílias leopoldenses.


Já o governo federal lançou o Auxílio Reconstrução, que destina o valor de R$ 5,1 mil por família na mancha inundação, sem exigência de critério de renda. Até agora, o Auxílio Reconstrução disponibilizou R$ 165,9 milhões a 32.547 famílias da cidade.


Outro recurso emergencial disponibilizado foi o saque FGTS que liberou, até o momento, R$ 97 milhões aos trabalhadores de São Leopoldo.

Habitação

Mais de 34 mil casas foram alagadas na enxurrada de maio. Para garantir que as famílias voltassem em segurança para seus lares, a Defesa Civil e a Secretaria da Habitação organizaram uma força-tarefa e já realizaram a vistoria de 3.990 unidades residenciais. Para aproximadamente 300 famílias, a prefeitura está organizando com recursos próprios o aluguel social no valor de R$ 882,61 por família, com preferência a quem está em abrigos.


Como medida para solucionar os problemas habitacionais gerados pela enchente, a Prefeitura busca que o governo federal garanta recursos de R$ 20 mil para cerca de 8 a 10 mil, famílias que necessitam fazer reformas e recursos para construção de três mil novas casas. Também foi solicitado pelo município a liberação urgente de R$ 500 milhões para a construção dos projetos de infraestrutura das 1,5 mil casas da Steigleder, Justo, Cerquinha, Mauá e Manteiga e 1,5 mil na Caibaté.

Recuperação econômica

Nesta área, a prefeitura já promoveu dois seminários, com a participação da Câmara Temática da Indústria, para garantir a empresários em geral o acesso às linhas de crédito especiais para a recuperação de empreendimentos. Também foi lançado o Programa Supera São Léo, em conjunto com a Câmara de Vereadores e o Sebrae RS, o qual já conta com mais de 4 mil inscritos, para garantir recursos e acompanhamento técnico às MEIs, MEs e EPPs.


Como desafios à recuperação econômica, Spolaor apresentou a necessidade de ampliação de recursos de crédito solidário pelo Pronampe para empresas e o investimento de mais recursos no Supera São Léo para ampliar o acesso a mais empreendedores.

Infraestrutura e mobilidade

Os desafios desta área são a retomada do Pavimenta São Léo, com obras de calçamento e pavimentação asfáltica, na ordem de aproximadamente R$ 20 milhões, para garantir a recuperação da estrutura viária danificada e a qualificação urbana.


Fonte: PMSL

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