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São Leopoldo debate consequências e prevenção de eventos climáticos no RS


Imagem: Thales Ferreira/ PMSL.

Foi realizado nesta sexta-feira (24) a abertura do “1° Seminário: Fenômenos Climáticos no RS”, na Câmara de Vereadores de São Leopoldo. O objetivo principal foi aprofundar as discussões sobre os impactos climáticos no Estado e explorar maneiras de a cidade liderar ações em prol de um futuro mais sustentável.


A iniciativa foi proposta pela mesa diretora do Legislativo e contou com a presença da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos); do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática.


Durante a tarde, foram abordados os temas: “Consequências dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul e em São Leopoldo: Estratégias de atuação do poder público” e “Prevenção e monitoramento das áreas de risco de São Leopoldo”.


O seminário seguiu na manhã deste sábado (25) e abordou os temas: “Boas Práticas Sustentáveis: exemplos de políticas públicas e iniciativas locais” e “Legislando para o futuro: propostas da Câmara de Vereadores para enfrentar os desafios climáticos”.


No contexto das mudanças climáticas globais, o prefeito Ary Vanazzi destacou a relevância do debate sobre o tema. “Especialmente no sistema de abastecimento de água, devemos lembrar da importância da manutenção diária e cotidiana das políticas públicas e devemos incluir o tema ambiental na pauta dos municípios. Enfrentamos problemas sérios em cidades como Canoas, Esteio e Sapucaia, com pressões para aterrar áreas próximas aos rios. Devemos resistir a essa pressão, considerando o impacto na natureza e a importância de manter pulmões de água para os rios. São Leopoldo é uma das poucas cidades urbanas do Brasil que tem 22% da área protegida. Esta é uma cidade que, daqui a 30 anos, os nossos filhos e netos vão ter uma cidade que é autossustentável e com qualidade de vida”, disse Vanazzi.


A secretária da Mesa Diretora da Câmara, vereadora Ana Affonso, enfatizou a desigualdade e a injustiça climática. “Com o processo das mudanças climáticas, as chuvas intensas, enchentes, o aumento de temperaturas e os períodos de seca, os mais pobres e vulneráveis são os mais afetados, apesar de serem os que menos emitem gases”, disse Ana.


O secretário-geral do Governo, Nelson Spolaor, destacou a criação do Observatório de Mudanças Climáticas de São Leopoldo. “A questão climática é global, mas é crucial focarmos nas questões locais. O Observatório de Mudanças Climáticas criado aqui na cidade e liderado pelo coordenador Everson Gardel, na Secretaria do Meio Ambiente, foi estabelecido para enfrentar desafios climáticos. O observatório trata dessas situações pontuais, sendo fundamental olhar para a realidade micro quando o objetivo é influenciar o macro”, explicou Spolaor.


O secretário de Assistência Social, Fábio Bernardo, apontou para a importância do planejamento e da preparação do governo para desastres naturais. “No contexto climático, é essencial refletir sobre as experiências vividas. A sociedade civil de São Leopoldo desempenhou um papel crucial durante os eventos desastrosos causados pelo ciclone de junho deste ano. A força da assistência social e da sociedade civil juntas foram fundamentais para atender todas as pessoas em necessidade durante os dias após o ocorrido. A responsabilidade não recai apenas sobre a Assistência Social, mas é compartilhada de maneira transversal com múltiplas secretarias”, ressaltou Bernardo.


O secretário de Obras e Viação, Geraldo Passos, falou sobre o planejamento necessário na execução gradual de obras relacionadas ao desenvolvimento sustentável da cidade. “Ao assumir o governo, enfrentamos desafios significativos, como a falta de recursos. Contudo, implementamos um planejamento abrangente a curto, médio e longo prazo, focando em ações de macro e microdrenagem em toda a cidade. Investimos anualmente R$ 12 milhões em drenagem e serviços básicos de manutenção, superando as dificuldades iniciais. Executamos diversas iniciativas, incluindo a construção de galerias e pontes, abordando questões de erosão e manutenção. Destaco a limpeza do canal do Gauchinho e a revitalização de outras áreas ao redor da cidade, proporcionando melhorias há muito tempo esperadas.”, explicou Passos.


“Um estudo da UFRGS indicou a necessidade de ampliação dos sistemas de bombas e bacias de contenção nos últimos três anos. Realizamos um trabalho contínuo de desassoreamento e limpeza dos arroios, parte essencial do sistema de drenagem da cidade. Esse trabalho, liderado pelo secretário Geraldo Passos, muitas vezes passa despercebido, mas é crucial para o sucesso durante eventos climáticos extremos. Executamos ações preventivas ao longo do ano, retirando resíduos e evitando prejuízos nas bombas”, afirmou o diretor-geral do Semae, Geison Freitas.


Estiveram presentes também no seminário a secretaria de Habitação, Karina Camillo; o coordenador técnico da Defesa Civil, Fabiano Camargo; o coordenador técnico do Observatório de Mudanças Climáticas, Everson Gardel; e, representando a Secretaria de Mobilidade e Serviços Urbanos (Semurb), Claudemir Schutze.


Fonte: PMSL

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