São Leopoldo realiza a 1ª Conferência Livre Local de Migrações, Refúgio e Apatridia
- Start Comunicação
- 4 de mar. de 2024
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A 1ª Conferência Livre Local de Migrações, Refúgio e Apatridia foi momento de acolhida, de troca de experiências e de construção de propostas para garantia de direitos dos migrantes, refugiados e apátridas que moram em São Leopoldo. A abertura do evento foi realizada na manhã deste sábado (2), na Biblioteca da Unisinos e seguiu durante a tarde. Essa etapa é uma preparação para a 2ª Conferência Nacional de Migrações, Refúgio e Apatridia (Comigrar).
A secretária municipal de Direitos Humanos, Nadir Maria de Jesus, saudou os participantes e destacou a importância de ouvir as demandas das pessoas vindas de diferentes países que escolheram São Leopoldo para morar, deixando sua cultura e seus familiares. A secretária ressaltou que esse processo deve auxiliar o município a concretizar cada vez mais ações para reafirmar seu título de Cidade Acolhedora e o Selo MigraCidades.“A conferência é um passo inicial para ouvi-los e depois reunirmos os dados, para avaliar o que estão pedindo e demandando e daí sim o trabalho vai ser visto, vai ser levado para as secretarias que vocês indicarem, as demandas que nos falarem e vamos tentar atendê-los da melhor forma possível”, afirmou.
Representando migrantes, fizeram o uso da palavra, a angolana Vânia Leite, o angolano, Kanhanga, e o migrante venezuelano, Hector Lopez. Eles destacaram as diferentes situações que levam as pessoas saírem de seus países de origem, a vulnerabilidade e a importância do acolhimento devido às dificuldades enfrentadas na adaptação em outros lugares e culturas.
Kanhanga é articulador da Comunidade Migrante e Refugiado no Rio Grande Sul e membro da Associação dos Angolanos e Amigos do Rio Grande do Sul e em sua fala destacou o marco histórico em São Leopoldo com a realização da primeira conferência e o trabalho do governo do prefeito Ary Vanazzi frente à comunidade migrante e de refugiados. Ele pontuou que a conferência é o primeiro passo para começar uma longa caminhada. “A gente quer valorizar isto, porque não é simples fazer políticas públicas (...). Este passo importante que de alguma ou outra forma vai mudar o rumo da maneira de como os imigrantes, refugiados são inseridos nas políticas públicas do município. Nós acreditamos muito na força que têm estas micro revoluções, que são pequenas mudanças que vão fazer a mudança do todo”, frisou.
Kanhanga produz conteúdo digital sobre situações reais da comunidade migratória ao redor do mundo e enfatizou a necessidade de se ter uma sensibilidade maior, de empatia para entender o outro e o que estão vivendo.
A cerimônia de abertura contou ainda com as contribuições do representante da Reitoria da Unisinos, Luis Rodhen, da chefe do Departamento de Igualdade Racial da Sedhu, e representante do Comitê de Atenção a Migrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas de Tráfico de Pessoas (Comirat), Adriangela Cabral Jacob, da representante da Organização das Nações Unidas - Migrações, Ana Laura, da representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Joana Lopes, do representante do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR), James Castro.
O representante da Reitoria da Unisinos, Luis Rodhen, reforçou a relevância das ações voltadas aos migrantes, refugiados, apátridas, destacando entre elas o projeto de Português como Língua de Acolhimento, realizado pela instituição de ensino em parceria com a Prefeitura que dará início a mais uma turma no dia 15 de março.
O ato também teve a apresentação de uma dança tradicional típica da Angola pela migrante, Ana Muanza. A atividade seguiu com a aprovação do regimento interno, facilitação dos grupos, plenária, sistematização das propostas.
O evento também teve espaço para a Secretaria Municipal de Saúde (Semsad) falar sobre a prevenção da dengue.
Fonte: PMSL
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