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São Leopoldo se prepara para os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Foto do escritor: Karem Rodrigues Karem Rodrigues
Imagem: Guilbert Trendt/ Start Comunicação.

A cidade de São Leopoldo se prepara para mais uma edição da Campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres – uma mobilização que une Poder Público, organizações sociais e comunidade em prol dos direitos das mulheres. O programa Start News desta segunda-feira (18) trouxe para o debate a secretária de Políticas para as Mulheres de São Leopoldo, Eliene Amorim, e a presidente do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (Condim), Sueli Lima.


Uma luta mundial com recorte local


A Campanha 21 Dias de Ativismo ocorre anualmente entre 20 de novembro e 10 de dezembro, reunindo ações que destacam datas significativas, como o Dia da Consciência Negra e o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Segundo Eliene Amorim, o período vai além da conscientização, propondo reflexões profundas sobre as violências enfrentadas pelas mulheres, especialmente as negras, em um país marcado por desigualdades estruturais.


“A violência que mata e destrói também nos levanta para lutar por mudanças. Este ano, queremos ecoar ainda mais forte nossas vozes contra as violações e pela vida das mulheres”, enfatizou a secretária.


Os números alarmantes da violência


Dados apresentados durante o programa mostram que São Leopoldo e Porto Alegre lideraram os índices de feminicídios no Estado em 2024, com quatro casos registrados em cada cidade até outubro. Além disso, ameaças de morte, estupros e lesões corporais seguem como desafios locais. Para Sueli Lima, isso reflete a urgência de uma política pública integrada e contínua.


“O Centro Jacobina, por exemplo, tem sido essencial no acolhimento das mulheres, mas muitas ainda desconhecem os serviços disponíveis ou não buscam ajuda por medo e vergonha. Precisamos intensificar o diálogo e as ações de prevenção”, afirmou a presidente do Condim.


Ações planejadas para a campanha


Entre as atividades da campanha deste ano estão rodas de conversa, debates sobre racismo estrutural e psicológico, além de ações específicas de conscientização sobre direitos humanos e saúde. “Nosso objetivo é não apenas informar, mas construir redes de apoio e promover o protagonismo das mulheres”, destacou Eliene.


O Condim também terá papel ativo na fiscalização e promoção das políticas públicas, reforçando a importância da parceria entre sociedade civil e gestão pública para o enfrentamento das violências.



Desafios e esperança no caminho da igualdade


Além do impacto social, as lideranças destacaram os desafios enfrentados no contexto local. A secretária ressaltou que, mesmo com avanços significativos, a desigualdade e o patriarcado continuam a ser barreiras à equidade. “Precisamos de ações estruturais e efetivas para combater essas realidades, porque igualdade salarial, direito à educação e segurança são pautas essenciais para transformar a sociedade”, disse Eliene.


Sueli reforçou a importância de mobilizações como os 21 Dias de Ativismo para inspirar mudanças reais. “Estamos falando de uma luta sem tréguas, porque cada avanço no direito das mulheres é uma conquista coletiva que beneficia toda a sociedade. Não podemos nos acomodar diante das estatísticas; precisamos transformar indignação em ação”, ressaltou.


A rede de enfrentamento à violência


Um dos pilares da campanha é o fortalecimento da rede de enfrentamento à violência. Essa estrutura inclui o Centro Jacobina, que oferece atendimento às mulheres, as ações do Condim, Ministério Público, Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deram), que garantem a fiscalização das políticas públicas. Eliene Amorim destacou o papel dessa rede como essencial para salvar vidas. "É fundamental que as mulheres saibam que não estão sozinhas, que há espaços de acolhimento e suporte para ajudá-las a romper o ciclo da violência e reconstruir suas vidas", garantiu.


A presidente do Condim também reforçou a necessidade de integrar mais a sociedade nesse processo. “Precisamos sensibilizar a comunidade para que todos sejam agentes dessa mudança, desde a denúncia de casos de violência até o apoio às mulheres em situações de vulnerabilidade. Essa é uma responsabilidade de todos nós”, ponderou Sueli.


Conscientização constante


As ações dos 21 Dias de Ativismo não se limitam ao período da campanha, mas visam deixar um legado duradouro de conscientização e políticas públicas mais eficazes. Segundo Eliene, a luta por igualdade e segurança deve ser uma prioridade contínua para o poder público e para a sociedade. “Essa mobilização é um chamado para que repensemos nosso papel enquanto cidadãos e cidadãs na construção de um futuro sem violência de gênero”, disse a secretária.


Com a campanha, São Leopoldo reafirma seu compromisso com o enfrentamento às violências, celebrando a força das mulheres e exigindo mudanças estruturais. "É um momento de resistência e esperança, de mostrarmos que, juntas e juntos, podemos construir uma cidade e um mundo mais igualitário e humano", finalizou Sueli Lima.


A campanha, que começa oficialmente no Dia da Consciência Negra (20 de novembro), convida todos os leopoldenses a se unirem nessa mobilização pela vida, pela dignidade e pelos direitos das mulheres.


A gravação completa do Programa Start News está disponível nos canais da TV Start News no YouTube e Facebook, e tem reprise nesta segunda-feira (18), às 20h20, na radiostart.com.br. 


Confira a entrevista completa:

Karem Rodrigues, da Redação Start

 
 

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