O Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) de São Leopoldo, através da Assessoria de Educação Ambiental em parceria com a Comunidade Indígena Kaingang Por Fi Ga, está implantando um sistema para tratar o esgoto da comunidade, no qual produz frutos a partir da segregação dos esgotos e do uso de bananeiras.
Chamado de "tanque de evapotranspiração - TEvap", o sistema busca solucionar um problema que a aldeia enfrenta de esgoto a céu aberto e os males ocasionados por ele, como odores e doenças.
"É uma opção de tratamento mais eficiente e barata. O sistema é simples na sua concepção e ao mesmo tempo sofisticado, pois a natureza faz o trabalho para gente, tratando a água ao invés de gerar poluição e doenças.", afirma o biólogo, Daniel Santos.
Para o Cacique Elton, líder da Comunidade e parceiro na execução da obra, essa é uma oportunidade de trabalho ao lado Semae, além da devida atenção por parte da autarquia junto à aldeia. "Agradecemos por esse privilégio. É uma evolução para melhorar nossa aldeia. Só temos a agradecer ao Semae que esteve aqui para conseguir fazer este projeto".
Na semana passada, o diretor-geral do Semae, Maurício Miorim, visitou a aldeia para conhecer o sistema implantado. "É um trabalho importante, pois a gente tem a meta de universalizar o saneamento até 2033 e essa é mais uma tecnologia para alcançar esse objetivo. Queremos enquanto poder público dar todo o apoio e respaldo para que este projeto seja ampliado e sirva de exemplo pra outros lugares", afirmou o diretor, em conversa com lideranças Kaingang, na última sexta-feira (26).
Como funciona o sistema
Neste sistema, a água dos vasos sanitários é separada das de lavagens de roupas e pias (águas cinzas), entra no tanque onde é tratada e parte dos nutrientes absorvido pelas plantas e o restante da água evapora para a atmosfera. Já as águas cinzas, com menor potencial poluidor, serão encaminhadas para círculos de bananeiras, sistema simplificado, também natural, gerando mais alimento.
Fonte: Semae
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