A conclusão das investigações sobre o caso do motoboy negro preso após ser agredido por um idoso branco, no último sábado (17), no bairro Rio Branco, em Porto Alegre, foi divulgada pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) em coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (23). De acordo com o resultado da sindicância da Brigada Militar, divulgado pelo coronel Vladimir Luís Silva da Rosa, não houve agressão e nem racismo por parte dos policiais militares que efetuaram a prisão do motociclista.
No inquérito da Polícia Civil, tanto o motoboy quanto o agressor, que o teria golpeado com um canivete, foram indiciados por lesão corporal. A polícia entende que o motoboy também agrediu o homem mais velho, porque teria jogado pedras nele após ser ferido com o canivete. Imagens de câmeras de segurança divulgadas na coletiva de imprensa nesta tarde mostram o momento da briga e confirmam que o trabalhador atirou pedras contra o idoso.
Sobre a abordagem dos policiais militares que atenderam a ocorrência, a Brigada Militar afirma que as duas partes envolvidas briga foram tratadas da mesma forma, "com respeito", sendo chamados por "senhor o tempo todo". Conforme o coronel Vladimir Luís Silva da Rosa, foi solicitado diversas vezes pelos PMs que o motoboy se acalmasse, o que não foi obedecido. Um dos soldados teria tentado afastar ele do idoso por três vezes, sem sucesso. Segundo a corporação, a voz de prisão só foi dada após recorrentes avisos.
A respeito de motoboy ter sido conduzido à delegacia na parte traseira da viatura, popularmente conhecida como "cachorreira", a Brigada Militar justificou que era o único espaço que havia no veículo, ocupado por outros PMs.
A sindicância aberta pela Brigada Militar ouviu 27 pessoas, analisou 17 imagens, 12 vídeos e dois laudos feitos pelo IGP – que apontaram lesões em ambos os envolvidos –, além de áudios, boletins de ocorrência e documentações operacionais.
Fonte: GZH
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