Depois de uma audiência pública contrária à construção de uma tubulação que levará esgoto desde a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) II, em Xangri-Lá, até o ponto de descarte final da rede, na bacia do Rio Tramandaí, e um manifesto do Ceclimar alertando para contaminação, o prefeito da cidade, Luiz Carlos Gauto da Silva, não descarta a possibilidade de judicialização da obra.
"Estamos enfrentando a situação e fomos surpreendidos com a obra. Nunca teve uma audiência pública e nem fomos consultados. Se não parar, talvez tenhamos de judicializar", afirmou o prefeito de Tramandaí à coluna do jornalista Rodrigo Lopes, de GZH.
Antes dessa medida, uma manifestação em defesa do rio está agendada para sábado (31) na ponte entre Imbé e Tramandaí. Segundo Gauto, diversas entidades estarão presentes. "Além disso, o Ministério Público Federal nos convidou para no dia 4 de setembro estarmos em Porto Alegre para uma reunião com Aegea e Fepam . Mas agora, já está quase na metade da obra e vamos pedir novamente para parar. Seria temerário lamentar depois do problema", argumentou.
Segundo o prefeito, há o interesse por parte da gestão municipal no desenvolvimento da região, contudo respeitando a natureza.
"Queremos parar a obra para pensar em outras formas de descarte e de tratamento. Não confio nesses 95% de tratamento do esgoto que falam. Priorizamos o desenvolvimento e a sustentabilidade", pontuou.
Fonte: GZH
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