O terminal de cargas do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, voltou a abrir, nesta terça-feira (11), após a água das enchentes e dos temporais inundar a região. Malas postais e cargas passam pelo espaço.
Neste momento, o terminal opera exclusivamente pelo modal rodoviário, já que os voos estão suspensos por tempo indeterminado, segundo a Fraport, concessionária que administra o aeroporto, mas devem ser retomados apenas no Natal, de acordo com o governo federal.
"Muitas cargas chegam por outros modais além do aéreo. Chegando aqui, fazemos o processo de nacionalização dessa carga", afirma Rodrigo Sousa, diretor comercial da Fraport Brasil.
Entre janeiro e abril deste ano, mais de 11 mil toneladas de carregamentos passaram pelo terminal.
A Fraport disse que o espaço que reabriu não foi afetado pela enchente e que, para voltar a funcionar, recebeu o aval dos órgãos competentes: Anvisa, Receita Federal e Vigiagro.
Sobre o terminal
O terminal de cargas da Fraport foi inaugurado em 2021, expandindo a capacidade de processamento ao ano de 35 mil para 100 mil toneladas em uma área de 10.559 m².
O espaço tem área de movimentação de 10 veículos, 587 vagas de estacionamento e 17 docas, sendo nove para atividades de importação e outras oito dedicadas à exportação.
Recuperação do aeroporto
Após ficar por mais de um mês inundado, a administração do aeroporto de Porto Alegre retornou ao local para realizar a limpeza do espaço. A água atingiu tanto a pista, na área externa, quanto a área de embarque, desembarque, lojas e esteiras de bagagens.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diz que só será possível realizar uma estimativa da reabertura para voos após a realização de testes de resistência do solo, que já começaram e devem durar cerca de 45 dias.
"Só após essa etapa será possível afirmar, tecnicamente, os impactos causados pelo acúmulo de água durante as últimas semanas", disse o órgão.
O governo federal afirma que iniciou uma conversa com a concessionária para discutir os valores que serão necessários para a manutenção do terminal. Não foi estimado um valor, já que os prejuízos causados pelo alagamento ainda estão sendo contabilizados. O Tribunal de Contas da União (TCU) está envolvido nas negociações.
Fonte: g1
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