A Terra Indígena (TI) Yanomami registrou 74 óbitos no primeiro trimestre de 2024, segundo o Ministério da Saúde. O número representa uma redução de 33% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 111 mortes.
Os dados são do novo boletim do Centro de Operações de Emergências (COE) Yanomami, divulgado nesta segunda-feira (5).
Segundo o ministério, o "restabelecimento da assistência ao território indígena Yanomami a partir de 2023 e 2024, permitiu o preenchimento de vazios assistenciais, o aumento das ações de prevenção e controle de doenças".
Entre 2023 e 2024, houve queda no número de óbitos relacionados a infecção respiratória aguda, desnutrição e malária.
Com a repercussão sobre o aumento de mortes no território Yanomami, o governo federal havia suspendido os informativos que trazem os dados.
Em janeiro, o g1 revelou que, um ano após o anúncio da operação do governo federal na região, o cenário na TI continuava desolador, com aumento no número de mortes, casos de malária e desnutrição.
Principais causas das mortes
O boletim mostra uma queda nas mortes causadas por três principais causas: infecção respiratória aguda, desnutrição e malária.
No primeiro trimestre de 2023, foram registrados 22 óbitos por infecção respiratório, número que caiu para 9 em 2024 – uma queda de 59%.
No caso da malária, a diminuição foi de 50%, caindo de 10 em 2023 para 5 em 2024. De acordo com o ministério, foram reabertos todos os polos base na região, o que aumentou o acesso dos indígenas ao dignóstico e tratamento da doença.
Já a desnutrição foi a causa com a maior redução, passando de 17 no primeiro trimestre do ano passado para 5 neste ano (-79%).
Terra Indígena Yanomami
Demarcada há mais de 30 anos, a Terra Yanomami tem quase 10 milhões de hectares que se estendem por Roraima e o Amazonas, na fronteira com a Venezuela.
Segundo estimativas, o território abriga ao menos 31 mil indígenas, que vivem em mais de 370 comunidades. O povo Yanomami é considerado de recente contato com a população não-indígena. Na região, há também indígenas isolados, sem contato ou influência externa. É o exemplo dos Moxihatetëma, que estão cercados pelo garimpo ilegal.
Fonte: g1
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