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Estudo da CNI aponta propostas para melhorar infraestrutura no RS

Melhorias em rodovias, destravamento de projetos de energia e ampliação de modais de transporte são alguns dos pontos principais para avanço na infraestrutura do Rio Grande do Sul. Esses e outros apontamentos fazem parte de pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI), lançada nesta terça-feira (30). Com o nome Panorama da Infraestrutura Região Sul, o relatório elenca gargalos e propostas para melhorias da infraestrutura nos três Estados do Sul do país. Além de melhorar índices de segurança e de serviços aos cidadãos, o destravamento de projetos aumentaria a competitividade na região, segundo o estudo.


A precariedade da malha de transportes é o maior problema apontado pelos empresários no Rio Grande do Sul. Dentro desse recorte, problemas em rodovias tem destaque, segundo a CNI. Demandas históricas e que andam em ritmo lento, as duplicações das rodovias BR-116 e BR-290 estão no centro do levantamento no Estado.


Na BR-290, o relatório informa que é necessário providenciar a duplicação do trecho entre Eldorado do Sul e Pântano Grande, além de realizar a reforma das pontes do Arroio Bossoroca e de Uruguaiana/Paso de los Libres.


Na BR-116, o número de pontos citados é maior. O relatório cita a necessidade de melhorias na via e na segurança no trecho entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, celeridade na duplicação entre Guaíba e Rio Grande (BR-116 e BR-392) e adequação de curvas na área entre Caxias do Sul e Campestre da Serra.


O estrato do Estado segue o retrato da região. Ramon Cunha, especialista em Infraestrutura da CNI, reforça que 81% dos empresários industriais ouvidos na pesquisa afirmam que a precariedade da malha de transportes é o maior problema de infraestrutura no sul do país. Cunha afirma que esse entrave logístico acaba diminuindo a competitividade da região ante outros locais do país.


"Isso é um ponto extremamente importante. Um gargalo que realmente afeta a capacidade de competir da região. Quando a gente está falando de problemas de infraestrutura, temos que ter em mente que a infraestrutura é um dos principais componentes do que a gente chama de custo Brasil", explica.


Cunha afirma que, além de ampliar serviços e qualidade de vida da população, o avanço em infraestrutura também aumenta a competitividade da região, eliminando ou diminuindo gargalos logísticos.


Demais modais


O acompanhamento e fiscalização do processo de renovação da Malha Sul é citado entre os destaques no ramo ferroviário. O impasse nesse processo é um dos principais pleitos logísticos discutidos no Estado.


O modal hidroviário, que ganha cada vez mais espaço nas discussões para desafogo logístico no Estado, também tem destaque nos apontamentos da CNI. Necessidade de reformas estruturais e modernização em sistemas nos rios Jacuí e Taquari, estabelecimento da hidrovia de Lagoa Mirim, entre Brasil e Uruguai e revitalização de hidrovias gaúchas são destacados no documento.


Na parte de energia, a busca por uma solução junto à Aneel para autorizar o Grupo Cobra a assumir o empreendimento UTE Rio Grande, no sul do Estado, ou uma solução administrativa para construção do complexo é destacada entre as propostas.


Região Sul


A pesquisa da CNI reforça que a precariedade da infraestrutura de transporte rodoviário é o maior problema na região sul do país. Apenas 26% das rodovias federais públicas apresentam boas condições, segundo o levantamento. Além de impacto direto sobre o nível de acidentes, esse obstáculo causa pressão sobre os custos logísticos e competitividade.


“A infraestrutura deficitária de transportes afeta a segurança viária, eleva a emissão de poluentes, gera engarrafamentos e pressiona os custos logísticos em virtude do aumento do consumo de combustível e deterioração dos veículos. Como consequência, o setor produtivo perde competitividade em relação a outros mercados”, afirma o diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, em comunicado.


A ampliação da infraestrutura de escoamento de gás natural, item importante na transição energética, também tem destaque nos pleitos dos empresários da região.


Outros destaques citados na pesquisa


  • 57% dos empresários industriais consideram as condições de infraestrutura como ótimas ou boas na Região Sul. No país, esse indicador fica em 56%.

  • Na Região Sul, 5% dos empresários consideram a infraestrutura de energia como ruim ou péssima, abaixo dos 8% observados no país.

  • O Novo PAC foi anunciado no ano passado com previsão de R$ 1,7 trilhão em investimentos públicos e privados para os próximos anos. Desse total, cerca de R$230 bilhões devem ser enviados para a Região Sul. A maior parte desses recursos será destinada ao eixo “Transporte Eficiente e Sustentável”.

  • Dados de distribuição de água, em 2022, apontam índice de 37% de perdas na Região Sul. O Rio Grande do Sul apresenta a maior parcela (40%) nesse estudo.

  • Os projetos com potencial de produção de hidrogênio renovável na região estão concentrados principalmente nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul.


Fonte: GZH

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