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São Leopoldo: Cruz Vermelha municipal doa absorventes na aldeia indígena Por Fi Ga


Dagoberto Goulart, Presidente da Cruz Vermelha de São Leopoldo

SÃO LEOPOLDO: até poucos dias, a maioria das pessoas nunca tinham escutado falar em pobreza menstrual, expressão que ganhou porta-vozes, neste ano, em muitas cidades e Estados, tendo a Cruz Vermelha Brasileira (CVB) como protagonista no combate desta situação de vulnerabilidade.


Nesta sexta-feira (12), à tarde, a Cruz Vermelha Brasileira – Filial São Leopoldo fez a doação de absorventes – cada pacote contém 32 unidades – para 130 mulheres, sendo 25 meninas acima de 10 anos, da tribo indígena Por Fi Ga, reserva de 12,8 hectares no bairro Feitoria. Também foram entregues máscaras para a comunidade da reserva, onde residem 73 famílias, somando 236 indígenas.


“Deus provém” era uma das frases mais sussurradas, enquanto a entrega dos produtos era feita pelo presidente da CVB São Leopoldo, Dagoberto Goulart, acompanhado do vice-presidente Ivan Arend. “Não esperava essa ajuda que veio em boa hora. Agora mesmo tinha pedido para meu marido providenciar a compra de um pacote”, comentou Taciane Camargo, de 21 anos, mãe de um bebé de um mês. Mas nem todas moradoras da aldeia tem condições de fazer isso. Caso de Gilmara Vergueiro, 30 anos e que possui cinco filhos, todos pequenos. “Minha prioridade são alimentos e fraldas. Daí não sobra para comprar absorventes, até porque é caro. Assim, eu, como muitas daqui, utilizo panos no período menstrual”, contou ela.


OUTRAS AÇÕES


“Esse olhar direcionado à vulnerabilidade social condiz com a nossa missão de ajuda humanitária”, explica o presidente Dagoberto Goulart. Segundo ele, o reconhecimento in loco da situação do povo indígena mostrou que há muitas outras ações que podem ser desenvolvidas para o atendimento das necessidades, como captação de alimentos, mais absorventes, fraldas infantis e brinquedos para o Natal. “Vamos montar campanhas, neste sentido, e esperamos que a população nos ajude a ajudar”, frisou Goulart.


Para a técnica em enfermagem Sueli Khey Tomás, a ação da Cruz Vermelha de São Leopoldo atendeu uma das principais necessidades da reserva indígena. “É a primeira doação de absorventes que estamos recebendo. É maravilhoso o que estão fazendo pelas mulheres daqui”. Segundo ela, o artesanato é a fonte principal de renda, porém é muito desvalorizado ou as pessoas querem pagar menos do que se pede pelas peças. “Isso torna difícil o sustento de nossas famílias”, afirma Sueli Khey, responsável pelo posto de saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena, órgão de esfera federal.


SAIBA MAIS


Os pacotes de absorventes foram doados, através da campanha #MeninaAjudaMenina, uma parceria com a Cruz Vermelha Brasileira, Always Brasil e Latam Airlines. A cada compra de absorventes @always_brasil, você colabora na doação de produtos para mulheres impactadas pela Pobreza Menstrual.


COMO PARTICIPAR

Se você quer se engajar nesta e em outras causas para ajudar mulheres e meninas em situação de vulnerabilidade, poderá fazer doações diretamente para a Cruz Vermelha Brasileira de São Leopoldo, que será responsável pela organização e distribuição dos produtos.

Endereço: R. Bento Gonçalves, 508,- Centro, São Leopoldo

Das 13 às 16 horas.

Telefone – (51) 2165-0236

OS NÚMEROS FALAM POR SI


- Segundo a ONU, 1 em cada 10 meninas falta a escola no período menstrual. No Brasil este número é ainda pior.

- 1 em 4 mulheres já faltou a aula por não poder comprar absorventes. E 48% delas tentou esconder que esse foi o motivo. E 45% delas acredita que não ter ido à aula por falta de absorventes impactou negativamente no rendimento escolar.

- 50% das entrevistadas já substituíram absorventes por papel higiênico, toalha de papel ou roupa velha.

- Entre as mulheres de classe mais baixa, tecidos ganham ainda mais importância como substituto de absorventes.

- A utilização de itens inadequados na menstruação podem causar infecções no trato urinário, rins e até lesões nos órgãos reprodutores femininos.

(*) A Always realizou pesquisa online com 1.124 mulheres, com idades entre 16 e 29 anos, nas cinco regiões do Brasil.

Colaboração: jornalista Marcia Greiner, voluntária da Cruz Vermelha São Leopoldo - (51) 99960-6865

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