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Ministério Público do Trabalho faz inspeção surpresa na Caixa após denúncias de assédio sexual


Imagem: Hugo Barreto/ Metrópoles.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) faz uma inspeção nesta segunda-feira (04) na sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília, para apurar as denúncias de assédio moral contra o ex-presidente da instituição Pedro Guimarães. Autorizada pelo procurador Paulo Neto, a inspeção não foi comunicada com antecedência ao banco.


Segundo o procurador, o objetivo da inspeção foi conhecer o espaço físico da Caixa, onde teriam ocorrido os episódios de assédio. "O objetivo da inspeção foi verificar o espaço físico, onde esses supostos assédios estão ocorrendo. Foi construído um quadro fático e durante o depoimento das testemunhas é importante que a gente tenha essa ideia de como é o espaço físico aí dentro, quais setores se relacionam, onde funciona a presidência e a vice-presidência", afirmou o procurador.


A Caixa foi notificada pelo MPT para apresentar o resultado de eventuais apurações das denúncias. De acordo com Paulo Neto, o órgão ficou responsável por apurar as denúncias de assédio moral. Já os casos de assédio sexual são investigados pelo Ministério Público Federal. Em nota publicada na última quarta-feira (29), o banco informou que recebeu as denúncias contra Guimarães e que o caso foi encaminhado à corregedoria.


Guimarães deixou o cargo na quarta-feira após uma série de denúncias de assédios moral e sexual. Funcionárias do banco relatam que os assédios teriam ocorrido em diferentes ocasiões, sempre em eventos ou viagens de trabalho.


Neste domingo (03), a nova presidente da Caixa, Daniella Marques, disse em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV, que vai apurar com rigor denúncias de assédio na Caixa. "Asseguro, será tudo feito com independência, rigor e seriedade. E, se for comprovado, todas as punições cabíveis serão feitas", afirmou.


Áudios enviados pelo ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães a grupos de funcionários no WhatsApp, aos quais o R7 teve acesso, mostram momentos explosivos de Guimarães durante o trabalho, com o emprego de palavrões para se referir aos empregados. "Quem for responsável vai deixar de ser. Ou o vice-presidente, ou o diretor, ou o superintendente nacional, ou o gerente nacional... Eu quero o CPF de todo mundo", disse ele.


Em outro momento, Pedro demonstra que não considera nem acolhe a opinião dos demais gestores e funcionários do banco. "Não é aceitável. E, de novo, caguei para a opinião de vocês, por que é eu [sic] quem mando. Isso aqui não é uma democracia. É a minha decisão", disse ele.


Além de Guimarães, é citado o ex-vice-presidente da Caixa, Celso Leonardo Barbosa. Segundo o documento do Ministério Público, ele "causa 'temor' às mulheres que trabalham no banco, levando a crer que as denúncias de assédio também se estenderiam ao referido gestor".


Fonte: Correio do Povo



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