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A paternidade na contemporaneidade - Por Aline De Negri

A paternidade do modelo tradicional, que até então definia o pai como uma figura de autoridade, provedor e, muitas vezes distante emocionalmente, tem dado espaço a ressignificação desse papel no modelo da sociedade atual.


Hoje, a paternidade tem sido vista como uma responsabilidade compartilhada que vem exigindo do papel do pai como alguém que precisa estar implicado com o envolvimento emocional do pai na criação e educação dos filhos.


O novo modelo valoriza a importância do afeto e presença paterna enfatizando que deva existir uma parceria na divisão das tarefas domésticas assim como o cuidado dos filhos construindo dessa forma um vínculo afetivo forte e positivo com a criança desde o seu nascimento. O pai atual é encorajado a ser um cuidador, um mentor e um apoio emocional, contribuindo para o desenvolvimento integral dos filhos para uma dinâmica familiar mais equitativa.


Historicamente o papel do homem estava fortemente associado à sua capacidade de ser o provedor da família, o trabalho e o sucesso profissional eram as principais medidas de sua masculinidade e valorização social, esse antigo modelo impunha de várias formas uma grande pressão social em que os homens que por muito tempo não podiam expressar suas emoções ou se dedicar ativamente aos cuidados dos filhos.


Com as transformações sociais a entrada da mulher no mercado de trabalho, o papel do homem como provedor exclusivo tem sido redefinido. A figura do pai se tornou mais central e a responsabilidade de cuidar e educar os filhos passou a ser vista como uma tarefa compartilhada. Essa mudança vem trazendo aos homens a ideia de que eles se sintam mais à vontade e tenham mais iniciativas para estar presente, por exemplo: participando ativamente dos momentos importantes da vida dos filhos, como consultas médicas, reuniões escolares e atividades de lazer.


Ao expressar afeto o pai tem fortalecimento de uma relação mais próxima e emocional com os filhos superando a figura do pai distante, dando ao filho uma maior validação emocional com segurança ao apresentar o mundo e ensinar e preparar o filho para sua vida adulta com auto responsabilidade e maturidade melhor desenvolvidas.


Para finalizar é importante refletir, quando um homem se torna pai, sua identidade é redefinida. Ele passa a ser mais do que um indivíduo para se tornar uma figura central na vida de outra pessoa que está gerando e formando, isso proporciona um senso de propósito e responsabilidade totalmente novos. A necessidade de proteger e prover para o filho pode trazer à tona qualidades como resiliência, altruísmo e força emocional que talvez nem ele tenha conhecimento de que a tinha. Esse novo papel também o conecta a uma linhagem e à ideia de continuidade, fazendo com que sinta parte de algo maior.


A paternidade sempre vai ser uma jornada de intenso desenvolvimento emocional. A interação do filho pode despertar emoções profundas, como amor incondicional, alegria e em alguns momentos ansiedade e medo. Calma! Tudo isso faz parte do desenvolvimento de um novo pai!


Essa experiência também é um espelho que reflete a própria infância do pai. Que pode reviver boas lembranças do seu próprio pai ou por outro lado ressignificar, confrontar e curar seus traumas do passado, buscando ser um pai melhor do que ele teve. Esse processo de reflexão e cura é um dos aspectos mais significativos da paternidade.

Que mais pais possam passar valores como segurança e estabilidade, independência e regulação emocional aos seus filhos exercendo de fato a sua paternidade de forma responsável. Feliz dia dos PAIS!!!


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Aline De Negri, é Psicóloga e Psicopedagoga

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